sexta-feira, 17 de maio de 2013

NO MUNDO DO CORDEL


Ler por prazer no ritmo do cordel


Se você nunca pensou em apresentar literatura de cordel aos seus alunos, por considerá-la pobre ou popular demais, saiba que está cometendo um erro de avaliação. Primeiro porque popular não é sinônimo de má qualidade. Depois porque esse gênero literário é riquíssimo tanto na forma como no conteúdo. Tão rico que muitos especialistas costumam considerá-lo uma ferramenta excepcional para desenvolver na garotada o comportamento leitor.

O que faz da poesia de cordel um instrumento capaz de estimular o hábito da leitura são características que costumam encantar as crianças, entre elas a musicalidade das rimas, a temática, que geralmente remete à cultura nordestina, e as metáforas, que abrem caminho para boas discussões. Já que é assim, por que não usar o cordel para ampliar o repertório da turma?
Do sertão para o mundo
Uma das características mais marcantes do cordel é a xilogravura que ilustra a capa dos folhetos. A técnica é rústica: passa-se tinta sobre uma figura entalhada e pressiona-se essa matriz sobre o papel, como se fosse um carimbo. Como a ilustração sintetiza a história contada pelo cordelista, esse é mais um elemento que pode ser explorado em sala de aula. O pernambucano J. Borges, considerado o mais importante xilógrafo do Brasil, já teve seu trabalho exposto até no Museu do Louvre, em Paris.

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