Disse o poeta Vinícius de Moraes que amigos a gente não faz (eles já estão feitos), amigos a gente reconhece, e disso não me resta a menor dúvida. Amigos mesmo de verdade a gente pode contar nos dedos quantos desses passaram e passarão por nossas vidas. É como se eles fossem eternos, e estivessem aqui, sempre. Não é necessário que seja fisicamente, até por que eles podem morar longe, ou viajar de vez em quando. Pode haver desencontros, mas amigo é sempre amigo em qualquer lugar ou situação, no Ochuí ou no Oiapoque, na alegria e na tristeza.
Alguns amigos só conseguimos reconhecer em horas difíceis, quando estamos sem nenhum outro amigo por perto para nos mostrar a saída. Aí eles aparecem, nos acolhem, oferecem o ombro e nos animam, cuidam bem da gente e fazem com que o mundo seja leve novamente, como se fossem super-heróis, lembrando-nos com gestos simples que sempre poderemos contar com eles para o que der e vier. E desses amigos nunca mais nos esqueceremos.
Reconhecemos amigos, depois de um tempo sem se ver, quando bate uma saudade das coisas boas que se viveu junto: saudade de ver futebol, de estudar para provas, de comer pizza, de ir para festa, de jogar videogame, cantar sem saber a letra, fazer piadas bobas, que só à gente mesmo, amigos de longas datas, é que sabemos rir. Saudade de comentar o que os outros falam, e falar dos outros também, porque esse é o tipo de coisa que só fazemos quando realmente temos plena confiança no outro.
Uma amizade saudável, às vezes, tem algumas brigas, é claro, sem maiores problemas, até por que elas, as brigas, não ficarão nas lembranças com amargura, feito uma tatuagem na alma. Os verdadeiros amigos sempre tem a virtude de reconhecer os próprios erros e pedir desculpas, reconhecendo assim também que a amizade vale mais. E o que fica, de fato, na memória são os momentos cômicos, as aventuras e desventuras vividas, juntos. Amizades assim são para a vida toda. Pode não parecer, podemos nem perceber, mas os amigos de verdade levamos juntos da gente, guardados do lado esquerdo do peito, dentro do coração, sempre.
Bruno Paulino
bruno_enxadrista@hotmail.com
Cronista e estudante de literatura
Alguns amigos só conseguimos reconhecer em horas difíceis, quando estamos sem nenhum outro amigo por perto para nos mostrar a saída. Aí eles aparecem, nos acolhem, oferecem o ombro e nos animam, cuidam bem da gente e fazem com que o mundo seja leve novamente, como se fossem super-heróis, lembrando-nos com gestos simples que sempre poderemos contar com eles para o que der e vier. E desses amigos nunca mais nos esqueceremos.
Reconhecemos amigos, depois de um tempo sem se ver, quando bate uma saudade das coisas boas que se viveu junto: saudade de ver futebol, de estudar para provas, de comer pizza, de ir para festa, de jogar videogame, cantar sem saber a letra, fazer piadas bobas, que só à gente mesmo, amigos de longas datas, é que sabemos rir. Saudade de comentar o que os outros falam, e falar dos outros também, porque esse é o tipo de coisa que só fazemos quando realmente temos plena confiança no outro.
Uma amizade saudável, às vezes, tem algumas brigas, é claro, sem maiores problemas, até por que elas, as brigas, não ficarão nas lembranças com amargura, feito uma tatuagem na alma. Os verdadeiros amigos sempre tem a virtude de reconhecer os próprios erros e pedir desculpas, reconhecendo assim também que a amizade vale mais. E o que fica, de fato, na memória são os momentos cômicos, as aventuras e desventuras vividas, juntos. Amizades assim são para a vida toda. Pode não parecer, podemos nem perceber, mas os amigos de verdade levamos juntos da gente, guardados do lado esquerdo do peito, dentro do coração, sempre.
Bruno Paulino
bruno_enxadrista@hotmail.com
Cronista e estudante de literatura

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