O Ministério Público do Estado do Ceará ajuizou
uma Ação Civil Pública contra o diretor do Hospital Regional de Iguatu, o
coordenador hospitalar e 13 médicos em virtude da realização de cirurgias
particulares no horário de plantão no Sistema Único de Saúde (SUS).
A Promotoria de Justiça de Iguatu recebeu as
denúncias de que vários médicos estariam fazendo cirurgias particulares durante
os plantões do SUS e com materiais destinados ao atendimento público em agosto
deste ano. O MP pediu, na época, que os estabelecimentos da rede pública de
saúde fiscalizassem a realização de cirurgia.
Segundo o órgão, foi apurada a atuação
irregular dos profissionais na realização de cirurgias particulares em seus
respectivos horários de atendimento pela rede pública de saúde. O MP ressaltou
ainda que prática era reincidente, mesmo após orientação e advertência por parte
dos administradores do hospital.
Embora tenha advertido os médicos, os
administradores do estabelecimento de saúde devem responder por omissão e
negligência, pois não houve procedimento adequado para que se evitasse tal
conduta. O MP pede, além da condenação dos médicos beneficiados com a prática,
que os pacientes lesados sejam ressarcidos por conta da irregularidade
verificada no atendimento nos últimos três anos.
A ação também requer a perda do cargo dos
acusados, suspensão de seus direitos políticos pelo período de 8 a 10 anos, o
pagamento de multa civil e a proibição de contratarem com o poder público ou
receberem benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos.
O POVO
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