AVENIDA JOSÉ CAETANO DE
ALMEIDA – Centro. Tem início na
avenida Plácido Aderaldo Castelo, próxima a Rodoviária, seguindo em
direção leste-oeste até a avenida Francisco Almeida Pinheiro. Denominada
através da lei número 1.119, de 30 de novembro de l.983, registrada no livro
número 9 da Câmara Municipal, proposição da vereadora, Maria Anunciação Moreira
de Menezes, sancionada pelo prefeito Aziz Okka Baquit.
JOSÉ CAETANO DE ALMEIDA
– Nasceu em Riacho do Sangue, depois denominado Frade e atual Jaguaretama, no
dia 18 de julho de 1882. Filho de João Caetano de Almeida e Ana Maria da
Conceição. Casou-se em Quixadá no dia 29 de janeiro de 1906 com Carmina Pessoa
de Almeida. O juiz do casamento foi o Dr. Luiz Paulino Figueiredo Sá, na
presença do tabelião Sr. José Enéas Monteiro Lessa. Do casamento nasceram 12
filhos: José, Maria de Lourdes, Francisco, Paulo, Carminda, Pedro, Cecy, Elza,
Eliete, Geraldo, João e Neli.
Em 1904, empregou-se como
contínuo na casa comercial do Coronel José de Queiroz Pessoa, abastado comerciante
da época. O devotamento de José Caetano ao trabalho, sua responsabilidade e
honestidade garantiram-lhe o cargo de contador da firma. Não houve objeção,
quando decidiu casar-se com a irmã do
Coronel Queiroz, seu patrão e amigo.
Em 1914, com a prematura morte
do Coronel José de Queiroz Pessoa, a viúva, possuidora de muitos bens, vendeu o
estabelecimento comercial a José Caetano, que o manteve em atividade até 1929,
quando resolveu viver, exclusivamente, de rendas das fazendas. O jornal
“Correio do Ceará”, de 31 de dezembro de 1923, noticiou a descoberta de
minérios nas fazendas: Extrema e Monte Alegre. Essa divulgação, possivelmente,
foi baseada em estudo feito pelo geólogo americano, Jonh Casper Branner, que
visitou Quixadá em 1911. Em 4 de março de 1914, Branner escreveu ao Barão de
Studart comunicando ter verificado, em terreno de nosso município, a existência
de minérios.
Uma companhia industrial
americana interessou-se pelo assunto e convidou o cientista a retornar para dar
continuidade às pesquisas. Infelizmente, ele não retornou, falecendo em 1922,
sem dar prosseguimento ao estudo sobre o potencial de minério existente em
nosso solo.
José Caetano, homem
empreendedor, logo que tomou conhecimento da existência de minério em suas
terras, convidou um especialista no assunto, Sr. Praxedes Marinho Jucá, para
juntos explorarem a mina. Houve a solenidade de abertura dos trabalhos, sendo o
médico e ex-Prefeito de Quixadá, Dr. Batista de Queiroz, o primeiro a assinar a
ata de constituição da firma. Por falta de assistência técnica, a jazida de
minério jamais foi explorada.
José Caetano foi quem
arrematou a “Marchambomba”, denominação
dada a uma carreta, com rodas de ferro, movida a vapor, que transportou quase
todo o material para a construção do Cedro, numa distância de 97 quilômetros. A
caldeira foi utilizada no engenho de produção de rapadura e cachaça, na fazenda
Extrema
Como diretor da Associação Comercial de
Quixadá, vários projetos, daquela entidade, que visavam o bem-estar da
comunidade, foram de sua autoria, inclusive o pedido feito ao Ministro Juarez
Távora, para que fosse executado o projeto de Dr. Piquet Carneiro (1905/1906),
referente à transposição das águas do Pirabibu para o Cedro.
José Caetano de Almeida
faleceu em Quixadá no dia 5 de fevereiro de 1956, com 73 anos de idade.
Foto da Avenida José Caetano de Almeida no período invernoso. Os moradores da rua já enfrentam esse problema há bastante tempo, e agora com mais um agravante: Há mais de um ano iniciaram a drenagem da avenida e até o momento sem conclusão. Um enorme buraco ainda está aberto, colocando em risco a vida de pessoas que não conhecem o local, tendo em vista que, qualquer que seja a intensidade da chuva, a rua fica assim, toda coberta de água e os buracos também.
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