sexta-feira, 23 de maio de 2014

Novas unidades acolhem até 100 desabrigados

Prefeitura também lançou pesquisa para contagem das pessoas em situação de rua em Fortaleza

O primeiro abrigo, no bairro Joaquim Távora, acolherá mulheres e crianças, enquanto o outro, em Jacarecanga, atenderá homens
Foto: Kléber A. Gonçalves
É cada vez mais comum encontrar pessoas fazendo das praças, pátios e calçadas da cidade a sua própria casa. Pensando em minimizar o sofrimento da população em situação de rua, a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra), entregou, ontem (22), dois abrigos para atender um total de 100 pessoas, com funcionamento 24 horas.
As unidades estão localizadas nos bairros Joaquim Távora e Jacarecanga, com capacidade para acolher até 50 pessoas cada um. O primeiro abrigo atenderá mulheres e crianças, já o segundo receberá somente o público masculino.
Contando com atendimento integral, os usuários abrigados nos equipamentos terão quatro refeições durante o dia, além de atender às necessidades de higiene e limpeza, bem como a segurança durante o sono. "Preparamos todo um espaço de conforto para essas pessoas. Eles usufruirão de sala de convivência, como também salas com acesso à internet. Sabemos que não dá para abrigar a todos, já que é apenas o começo de uma política, mas queremos oferecer um ambiente digno para essas pessoas", explica o titular da Setra.
Perfil
Durante a inauguração, a Prefeitura lançou uma pesquisa para contagem das pessoas em situação de rua em Fortaleza, que além de fornecer a quantidade, traçará um perfil dos desabrigados da cidade.
De forma rápida, o estudo será dividido em duas fases. A primeira delas é a quantitativa, na qual 73 pontos da Capital foram identificados como os mais frequentados pelos moradores de rua, traçado por quatro rotas. "Teremos equipes divididas em dois setores para facilitar a aproximação com a população", conta o secretário.
A segunda etapa da pesquisa é o momento em que será traçado o perfil socioeconômico dessas pessoas, de modo que seja contabilizado o número de moradores em situação de risco, o gênero mais comum, a razão, se são portadores de doenças. "Nessa fase, será possível conhecer o perfil deles, a fim de traçar políticas públicas mais focadas". Cláudio Ricardo afirma, também, que outras 650 vagas estão previstas ainda neste ano.
Para ter acesso aos abrigos, os usuários devem ser encaminhados pelos Centros de Referência para População em Situação de Rua (Centro Pop) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), equipamentos voltados para proteção social especial de pessoas em situação de risco pessoal e social.
Fonte: Diário do Nordeste

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