De acordo com um novo estudo
da Universidade de Chicago (EUA), o senso de olfato é um bom preditor de
longevidade. As pessoas que têm dificuldade em sentir cheiros têm maiores
chances de morrer logo.
Os pesquisadores testaram uma
amostra nacionalmente representativa de 3.005 homens e mulheres dos EUA com
idades entre 57 e 85 anos em sua capacidade de identificar cinco cheiros: de
rosa, de couro, de laranja, de peixe e de hortelã-pimenta.
Eles controlaram os resultados
para muitos fatores, tais como idade, sexo, status socioeconômico, tabagismo,
consumo de álcool, educação, índice de massa corporal, raça, hipertensão,
diabetes, ataque cardíaco, enfisema, acidente vascular cerebral e
dieta.
Ainda assim, as pessoas que
não puderam detectar os odores eram mais de três vezes mais propensas a morrer
dentro de cinco anos do que aqueles que podiam detectá-los bem.
Quanto menor a pontuação no
teste de odor, mais provável o participante era de morrer logo. Somente lesão
hepática grave foi um melhor preditor de morte do que olfato ruim.
Essa não é a primeira vez que
cientistas ligam olfato à longevidade. Um outro estudo descobriu que pessoas com
mais dificuldade para identificar cheiros tinham uma probabilidade 36% maior de
morrer nos próximos anos.
O que uma coisa
tem a ver com a outra?
Calma, não sentir cheiros não é uma coisa que mata em si (embora você possa
não sentir o cheiro de vazamento de gás, por exemplo, se colocando em uma
situação potencialmente mortal). Os pesquisadores na verdade acreditam que o
declínio na capacidade de sentir cheiros é um indicador de alguma outra doença
ou degeneração relacionada à idade.
A capacidade de sentir odores está associada ao primeiro nervo craniano e é
frequentemente uma das primeiras coisas a ser afetada em um declínio cognitivo.
Em pacientes com Alzheimer, por exemplo, o sentido do olfato é afetado de uma
maneira muito especial: a narina esquerda é muito mais prejudicada do que a
direita. Por mais estranho que isso pareça, uma pesquisa até descobriu que um
simples teste de cheiro pode mostrar se você tem a condição.
Segundo o autor principal do novo estudo, Dr. Jayant M. Pinto, professor de
cirurgia da Universidade de Chicago, a perda de olfato não deve ser ignorada.
“Há causas tratáveis de perda olfativa”, disse ele, “por isso, se as pessoas
estiverem com problemas, devem passar por avaliações. Esta é uma indicação
importante de sua saúde, por isso, você deve consultar um médico”.
Fonte: hypescience.com
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