Distúrbio no labirinto pode ser desencadeado por mais de 300 fatores. Entre os principais estão diabetes, má alimentação e uso de medicamentos
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Labirintite: tontura, náusea, zumbido no ouvido, suor frio e diarreia são sintomas do problema (Thinkstock/VEJA)
Sentir que o mundo está rodando é um sinal de tontura. Quando a pessoa percebe que esse sintoma vem acompanhado de náusea, zumbido no ouvido, suor frio e diarreia, ela pode estar com labirintite. O distúrbio ocorre quando há uma alteração no funcionamento do labirinto, uma estrutura dentro da orelha responsável pela audição e pelo equilíbrio do corpo.
A labirintite pode ser causada por mais de 300 fatores, de má alimentação a doenças metabólicas, como o diabetes. “Em todos os casos, o labirinto envia mensagens desalinhadas ao cérebro sobre a posição da cabeça no espaço, e a consequência é a perda do equilíbrio”, explica o otorrinolaringologista Fernando Ganança, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e de Cirurgia Cérvico-Facial.
As células do labirinto são grandes consumidoras de oxigênio e nutrientes. Qualquer déficit dessa suplementação faz com que o cérebro tenha dificuldades em registrar as informações enviadas pelo labirinto.
De acordo com Ganança, os principais agravantes da labirintite são maus hábitos alimentares. Ficar em jejum prolongado e consumir grandes quantidades de açúcar refinado, por exemplo, são fatores que alteram o funcionamento do labirinto. Além disso, alimentos estimulantes, como café e álcool, pioram o distúrbio: eles aumentam a densidade do líquido dentro do labirinto, responsável pela percepção da posição da cabeça.
Tratamento — A primeira medida a se tomar quando há sinais de labirintite é pesquisar seu gatilho. “Depois de identificar o motivo, tratamos a causa do distúrbio. Se o problema persistir, receitamos medicamentos que combatem a tontura e os sintomas acompanhantes”, afirma Ganança. Em casos mais sérios, o médico pode recomendar exercícios específicos para o paciente se acostumar com a tontura.
Caso não seja tratada, a labirintite pode se tornar crônica. “Ela começa a limitar as atividades do dia a dia. O paciente deixa de ter atividade social e profissional. Fica deprimido por ter sensação de insegurança e de limitação”, diz Ganança. Por isso, quando os sintomas aparecem, é preciso procurar um médico.
Causas comuns da labirintite
Hipertensão
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A hipertensão aumenta a pressão no interior das artérias e dificulta a chegada de sangue no labirinto. Com menos sangue, faltam nutrientes e oxigênio para nutrir as células da região. Esse desequilíbrio faz com o cérebro tenha dificuldade em decodificar a posição da cabeça no espaço por não conseguir se comunicar adequadamente com o labirinto
Diabetes, pré-diabetes e hipoglicemia
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Qualquer desajuste na quantidade de açúcar no sangue altera a vascularização do labirinto. “Além disso, essa disfunção pode mudar a constituição do líquido que há dentro do labirinto, que ajuda na percepção do equilíbrio”, diz o otorrinolaringologista Fernando Ganança, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e de Cirurgia Cérvico-Facial.
Açúcar refinado
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O consumo exagerado de açúcar refinado altera o funcionamento do labirinto e as mensagens que ele envia ao cérebro. Um dos sintomas da falha e comunicação entre o cérebro e o labirinto é a tontura. Por isso, a recomendação é ingerir doces e guloseimas com moderação.
Medicamentos
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O uso recorrente de quimioterápicos, anti-inflamatórios, antibióticos e anti-hipertensivos modifica o funcionamento do labirinto e prejudica o envio de mensagens para o cérebro sobre a posição da cabeça.
Café em excesso
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A cafeína, presente no café, em chás e refrigerantes, é uma substância estimulante e tóxica para o labirinto. “Ela aumenta a densidade do líquido do labirinto, e isso atrapalha a percepção do cérebro sobre a posição da cabeça”, diz Ganança.
Bebida alcoólica
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Bebidas alcoólicas são estimulantes, como o café. O álcool em excesso causa uma irritação aguda no labirinto e prejudica a percepção do cérebro sobre a posição da cabeça.
Fonte:https://evaldot.wordpress.com/2015/02/18/causas-comuns-de-labirintite/
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