O mesmo prédio após serem feitos alguns reparos pela A.Q.L. (Dia 25/01/13 por ocasião de uma reunião)
Já divulgamos anteriormente que o antigo prédio da Estação Ferroviária de Quixadá foi cedido pela TRANSNORDESTINA à Academia Quixadaense de Letras, mediante contrato de termo de guarda, onde a AQL se compromete a ocupar e cuidar do prédio, mantendo suas características primitivas, tendo em vista ser um patrimônio histórico tombado pelo IPHAN. A AQL providenciou os reparos necessários, tendo em vista que o prédio estava em desuso há muito tempo e consequentemente muito estragado. Verificamos que o telhado estava todo quebrado, as portas e janelas sem nenhuma segurança, e as de madeira já estão comprometidas pelo cupim e qualquer esforço maior deixa o prédio em aberto. Uma das cláusulas do contrato é que a AQL ocupe o espaço. Mas como vamos ocupar um espaço que é destinado a cultura, com uma biblioteca, móveis e computador se não temos segurança e nem podemos sequer colocar uma grade para reforçar as portas deterioradas pelo tempo e pelo descaso? No meu pensar de leiga, entendo ser obrigação preservar o prédio, sua maravilhosa estrutura histórica, que tantas recordações boas trazem para nossa Quixadá. O que não entendo é que um órgão tombe um imóvel, não faça nada para preservá-lo e nem autorize quem está querendo fazer esse papel, de graça, diga-se de passagem. O prédio há poucos dias sofreu uma tentativa de arrombamento e a porta ficou comprometida. E aí? Nós não podemos mexer, quem vai fazer isso?
Em situação semelhante encontra-se o nosso belo galpão onde funcionou o almoxarifado da RFFSA e já viveu seus dias áureos. Hoje encontra-se reduzido a situação de abandono, servindo de sanitário coletivo para as pessoas que passam por ali e de ponto de encontro de usuários de drogas. Há poucos dias tocaram fogo lá, como se vê na foto abaixo e foi necessário a intervenção dos moradores que residem nas proximidades. Cabe ressaltar que esses moradores se encontram desassossegados e amedrontados por conta das coisas que acontecem no galpão e não tem a quem recorrer. Como dizer que esse patrimônio é tombado? Quem tomba tem a obrigação de cuidar, a não ser que o tombamento seja para deixar ir ao chão. Em Quixadá há entidades culturais que estão interessadas em ocupar o galpão abandonado para transformá-lo em um teatro. Esperamos que o IPHAN aceite a ajuda dos quixadaenses que desejam preservar um patrimônio que pertence a nossa história.
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