A Capitania dos Portos do Ceará alerta para o risco de se ancorar uma embarcação na enseada do Mucuripe, onde foi registrado o ataque a tripulantes do iate Atlantis, na madrugada da última segunda-feira. “O trânsito de embarcações na enseada é muito grande. Seja de pescadores ou não. Qualquer embarcação de maior porte é alvo de atenção. O grande equívoco foi atracar numa região perigosa, ao invés de procurar um local seguro. Foi como estacionar um carro no meio da rua, na entrada de uma favela”, compara o capitão-de-corveta Reinaldo Cerqueira Azevedo, da Capitania dos Portos do Ceará.
O representante da Marinha do Brasil definiu o assalto ao Atlantis como uma ação “orquestrada e planejada”. Pescadores que trabalham na área confirmam que a região é perigosa. Eles dizem que é comum ocorrerem ações criminosas.
“Sempre acontece dessas arrumações aqui. Eles costumam agir de madrugada, quando os vigias estão dormindo. Levam nosso material de pesca e até a caixa de peixes”, denuncia um dos homens, que logo é advertido por outro pescador. “Rapaz, tu já tá falando demais. Depois te matam. Aí, já viu. Se eu fosse você, ficaria calado. Estou avisando”. Foi o bastante para que a conversa fosse encerrada.
Na manhã de ontem, O POVO foi até o Mercado dos Peixes, na avenida Beira Mar, próximo à enseada onde o iate estava atracado no momento do crime. No local, foram poucos os pescadores que aceitaram falar sobre o assunto. A maioria, porém, confirmou a elevada incidência de assaltos na região. (Fonte: Jornal O Povo)
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