domingo, 3 de março de 2013

CUIDADO COM AS FRAUDES.


Uma tentativa de fraude a cada 15 segundos, diz Serasa

Menos burocráticos e em menores valores, os empréstimos consignados (descontados em folha de pagamento) são alvo de constantes fraudes. Defensoria Pública do Ceará recebe mais de um caso por dia

A cada quase 15 segundos, no Brasil, ocorre uma tentativa de utilização da identidade de terceiros para obtenção de benefícios, principalmente, financeiros. Os dados são da Serasa Experian e se referem a 2012. Foram 2,14 milhões de tentativas de golpes ano passado.

Bastam uns minutos, segundos de displicência. Alguém telefona ou envia e-mail, mensagem por celular e pede confirmação de dados particulares. Dizeres convincentes, layout perfeito, empresa conhecida. Um clique de retorno e pronto! Está aplicado o golpe. O estelionatário trabalha no “atacado” e tem muitos dados para tentar lograr êxito. De dezenas, centenas de contatos realizados, é suficiente que um ou dois confirmem informações particulares.

O titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Jaime de Paula Pessoa, analisa que “o limite da fraude é o limite da criatividade do ser humano.” Por isso, não há quem não esteja sujeito a ter a fatura do cartão de crédito desviada para obtenção de dados; um empréstimo com desconto em folha não autorizado; uma senha “chupada”; uma transferência irregular.

A Defensoria Pública do Ceará, que fornece serviços de assessoria jurídica gratuita à população, atuou em 441 casos envolvendo situações nas quais o cliente de banco se sentiu lesado. É mais de um caso por dia em média. A maioria deles, referente a empréstimos consignados - aquele com desconto direto em folha de pagamento, sob a responsabilidade do órgão público ou empresa empregadora cobrar.

O defensor público do Núcleo do Consumidor em Fortaleza, Francisco Bionor do Nascimento Júnior, comenta que abertura de conta irregular e realização de empréstimos consignados em contas já existentes são as queixas frequentes no órgão, chegando a ser resolvido, às vezes, sem necessitar de maior intervenção judicial.

“Quando há uma fraude comprovada, os bancos devolvem o dinheiro em dobro e pagam danos morais. Os valores ficam a critério dos juízes, a gente pede até R$ 5 mil, a depender do caso”, explica Bionor. Dos casos que chegam à Defensoria, a maioria é de negligência por parte do funcionário do banco, que é não criterioso ao checar a identidade dos supostos clientes. Poucos são os casos de má fé.

Enquanto esse texto foi lido, foram realizadas dezenas de tentativas de golpes no País.

746
mil foi a quantidade de tentativas de golpes usando identidade falsa pelo telefone (Jornal O Povo).

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