Uma tentativa de fraude a cada 15 segundos, diz Serasa
Menos burocráticos e em menores valores, os empréstimos consignados (descontados em folha de pagamento) são alvo de constantes fraudes. Defensoria Pública do Ceará recebe mais de um caso por diaA cada quase 15 segundos, no Brasil, ocorre uma tentativa de utilização da identidade de terceiros para obtenção de benefícios, principalmente, financeiros. Os dados são da Serasa Experian e se referem a 2012. Foram 2,14 milhões de tentativas de golpes ano passado.
Bastam uns minutos, segundos de displicência. Alguém telefona ou envia e-mail, mensagem por celular e pede confirmação de dados particulares. Dizeres convincentes, layout perfeito, empresa conhecida. Um clique de retorno e pronto! Está aplicado o golpe. O estelionatário trabalha no “atacado” e tem muitos dados para tentar lograr êxito. De dezenas, centenas de contatos realizados, é suficiente que um ou dois confirmem informações particulares.
O titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Jaime de Paula Pessoa, analisa que “o limite da fraude é o limite da criatividade do ser humano.” Por isso, não há quem não esteja sujeito a ter a fatura do cartão de crédito desviada para obtenção de dados; um empréstimo com desconto em folha não autorizado; uma senha “chupada”; uma transferência irregular.
A Defensoria Pública do Ceará, que fornece serviços de assessoria jurídica gratuita à população, atuou em 441 casos envolvendo situações nas quais o cliente de banco se sentiu lesado. É mais de um caso por dia em média. A maioria deles, referente a empréstimos consignados - aquele com desconto direto em folha de pagamento, sob a responsabilidade do órgão público ou empresa empregadora cobrar.
O defensor público do Núcleo do Consumidor em Fortaleza, Francisco Bionor do Nascimento Júnior, comenta que abertura de conta irregular e realização de empréstimos consignados em contas já existentes são as queixas frequentes no órgão, chegando a ser resolvido, às vezes, sem necessitar de maior intervenção judicial.
“Quando há uma fraude comprovada, os bancos devolvem o dinheiro em dobro e pagam danos morais. Os valores ficam a critério dos juízes, a gente pede até R$ 5 mil, a depender do caso”, explica Bionor. Dos casos que chegam à Defensoria, a maioria é de negligência por parte do funcionário do banco, que é não criterioso ao checar a identidade dos supostos clientes. Poucos são os casos de má fé.
Enquanto esse texto foi lido, foram realizadas dezenas de tentativas de golpes no País.
746
mil foi a quantidade de tentativas de golpes usando identidade falsa pelo telefone (Jornal O Povo).
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