segunda-feira, 29 de abril de 2013

A IMPORTÂNCIA DO FOGO E SEU MITO




Prometeu, o titã acorrentado
Prometeu, um dos titãs da mitologia grega, roubou o fogo dos deuses e o deu-o
aos homens. Pagou caro pela ousadia: foi acorrentado a um penhasco e as águias
lhe comeram as vísceras. Imagem da Encyclopedia Mythica.


A principal descoberta dos hominídeos foi o segredo do fogo. Presume-se que o fogo foi descoberto a partir das observações dos efeitos causados pela queda de raios em árvores. Os incêndios nas florestas foram valiosos para a humanidade. Supõe-se que o Homo erectus já era capaz de produzir fogo friccionando  pedras ou gravetos para produzir faísca. Queimando palha com as faíscas, nossos antepassados puderam ter abrigos iluminados e aquecidos, descobriram as maravilhas de cozinhar a carne, armaram fogueiras e utilizaram tochas para espantar as feras perigosas. A importância do fogo pode ser vista na mitologia de várias culturas. No mundo ocidental, há o mito de Prometeu, que surgiu na Grécia Antiga.

Segundo o mito grego, Prometeu roubou de Zeus, o maior entre os deuses da antiga Grécia, o segredo do fogo para dar aos seres humanos. Por isso foi condenado a ficar acorrentado no cume de uma montanha, onde diariamente uma águia comia o seu fígado, que se regenerava durante a noite. Isso durou muitas eras.



O DESFECHO
Prometeu sacudiu os braços manietados
e súplice pediu a eterna compaixão,
ao ver o desfilar dos séculos que vão
pausadamente, como um dobre de finados.

Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião,
uns cingidos de luz, outros ensangüentados...
Súbito, sacudindo as asas de tufão,
fita-lhe a águia em cima os olhos espantados.

Pela primeira vez a víscera do herói,
que a imensa ave do céu perpetuamente rói,
deixou de renascer às raivas que a consomem.

Uma invisível mão as cadeias dilui;
frio, inerte, ao abismo um corpo morto rui;
acabara o suplício e acabara o homem.
                                   Machado de Assis

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