quinta-feira, 18 de abril de 2013

ALUNO DE ESCOLA PÚBLICA TAMBÉM PODE SER UM VENCEDOR. SÓ DEPENDE DE CADA UM.


CARLOS ALLEF DE LUCENA,

UM GRANDE EXEMPLO DE  VIDA


Nasci na cidade de Quixadá, no dia 31 de outubro do ano de 1993 e fui criado numa cidadezinha vizinha que se chama Ibaretama. Sou o primeiro filho de minha mãe (Ana Márcia) e terceiro de meu pai (Carlos). Venho de familia humilde, nunca tive muitos sonhos e sempre estudei em escolas públicas. Apesar de serem pequenas e não terem um nome de peso, tenho certeza que tive grandes professores, que me ensinaram muito bem, me ajudaram a  chegar onde cheguei e a ser que sou. Hoje sei a dificuldade que eles tiveram e que ainda tem em lecionar, a falta de interesse dos alunos e a falta de preocupação dos pais em relação ao apredizado dos filhos dificultam muito o ensino.
Para aqueles que me conhecem, sabem que eu nunca fui um aluno aplicado e exemplar e em momento algum me orgulho dos meus feitos no ensino fundamental e médio. Para começar no ensino fundamental não gostava de estudar. Estudei no Colegio de José Gustavo de Queiroz e tive uma passagem de um ano na Escola Raimunda Emilia porque no meu primeiro colégio queriam me colocar para repetir o ano anterior por conta de minha idade. Não me lembro de uma vez que peguei em um livro para estudar, ainda hoje fico a pensar como conseguia tirar boas notas sem estudar e sem colar nas provas. Outra coisa que não me orgulho dessa parte de minha vida foram as minhas discursões no colégio,  fui muito briguento, hora ou outra estava a me estranhar com outro colega, às vezes com meus amigos bem próximos.
No ensino médio estudei na escola Cônego Luiz Braga Rocha foi onde mudei radicalmente, passei a estudar um pouco e parei com as brigas, mesmo assim nunca deixei de visitar a sala da diretora. Os anos do ensino médio foram 3 anos inesqueciveis para mim. Participei de muitos eventos dos quais venci ou a equipe que eu participava venceu. Eu e meu amigo Sidney ganhamos um evento regional com participantes de toda CRED12. Participamos do evento estadual mais não fomus vitoriosos. De qualquer forma foi uma época em que me envolvi muito com os projetos da escola, fiz tudo que pude para ajudar como voluntário, fui monitor nos láboratorios de infomática e de ciências e também na Copa Cônego que acontece todos os anos onde escolas de várias cidades participam..
Entrei na Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central ,no vestibular de 2011.1 para o curso de física. Logo no primeiro semestre eu e quatro colegas  conseguimos uma bolsa do PIBID (Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) e o objetivo era participar de várias atividades na Escola César Cals,. Passei um ano com essa bolsa.
Fiquei sabendo a respeito das bolsas para o PLI (Programa de Licenciatura Internacioanal) no inicio do meu terceiro semestre por meio do meu professor Makerius Tahim, coordenador do curso e orientador da minha bolsa. Ele  perguntou se eu gostaria de vir passar um ano estudando cá em Portugal e eu respondi que se tivesse  oportunide viria. Então ele me mostou o edital e disse que eu me escrevesse. Segui seu conselho e me inscrevi no projeto, que era basicamente mandar sete estudantes de licenciatura da Univesidade Estadual do Ceará, dois de física, dois de quimica, dois de biologia e um da matemática para alguma Universidade de Portugal.
A primeira fase da seleção foi a analise do curriculo lattes, históricos do ensino fundamental, médio e da universidade até então, estar a cursar o segundo ou terceiro semestre e  de uma carta de intensão escrita pelo candidato e toda uma série de outros documentos. Essa primeira fase foi feita pela internet.  Os vinte primeiros colocados passavam para a segunda fase que no caso foi uma entrevista com três dos coordenadores do projeto. Por incrivel que pareça o curso de física foi bastante concorrido, passaram oito candidatos para a segunda fase, que aconteceu na Pró-reitoria de Graduação da UECE . O resultado da entrevista saiu no dia 20 de abril de 2012 às 17 horas. O projeto foi aprovado apra a FCUP (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto). Para ser sincero, eu não estava nem um pouco confiante mas fiquei muito euforico quando soube que tinha sido selecionado.  Passei em sexto lugar e fiquei ainda mais alegre quando vi que meu amigo Emanoel ,da matemática, seria o representante da sua área, pois ele também estuda da FECLESC. Após a seleção tive que aguardar por mais algumas semanas até o projeto ser aceito, depois disso tive apenas que correr atrás dos documentos necessários para viajar para cá. Recebo uma bolsa trimestralmente para custear todos os meus gastos cá.
Nas Escolas e Univercidades publicas de Portugal os alunos tem que pagar propinas semestralamente à instituição. Os cursos de licenciatura é o que chamamos de bacharelado no Brasil. Para poder lecionar tem que fazer o mestrado que é o que habilita os formados a exercer a profição de professor. Essas propinas da Universidade do Porto são pagas pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamente de Pessoa de Nível Superior), o mesmo orgão que me finacia aqui e todos os outros seis que vieram comigo.

PARABÉNS ALLEF, VOCÊ FEZ POR MERECER ESSA OPORTUNIDADE ÚNICA.

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