sexta-feira, 19 de abril de 2013

OUTROS TEMPOS E PROFISSÕES



Blogue de vitorfaria :Conhecer, aprender e evoluir, OUTROS TEMPOS E PROFISSÕES – 10
O COVEIRO
Esta  antiga profissão,  tão antiga como o mundo e que, não estando garantido que dure até ao fim dos tempos é bem provável que ainda tenha muito pela frente para se manter ativa.
Desde que descobriram que a cremação é o modo mais higiénico de resolver os despojos mortais de alguém, que a profissão de coveiro se sente ameaçada. No entanto, levará ainda muitas décadas, se não alguns séculos a que, principalmente os povos latinos, aceitem globalmente a ideia da cremação. Trata-se de um enraizamento que tem muito a ver com questões religiosas e até tradicionais.
Um determinado politico com alguma visão e certo humor negro (coisa estranha na casta) afirmava em determinada altura, que haveria de chegar o tempo em que a terra disponível para se criarem cemitérios seria tão escassa que só restaria às pessoas duas opções; ou aceitavam a cremação ou levavam os seus defuntos para casa, guardando-os no armário ou na arca frigorífica.
Quem não terá gostado muito da ideia terão sido os coveiros deste país. Evidentemente que me estou a referir aqueles que abrem e fecham sete palmos de terra nos cemitérios e não aos que trataram da cova onde este nosso país está metido.



Blogue de vitorfaria :Conhecer, aprender e evoluir, OUTROS TEMPOS E PROFISSÕES – 8
O PROPAGANDISTA
Esta profissão, não tem fim à vista, e creio que será sempre uma atividade que, pela capacidade dos seus profissionais em se adaptarem à evolução tecnológica, sempre existirá de uma maneira ou de outra.
Há quem diga que o propagandista é o avô do publicitário, outros identificam-no como o antepassado mais recente do politico fala barato, pode até ser, mas eu vejo muito mais como o homem que consegue, devido à facilidade de argumentação e discurso, convencer o embasbacado passante a interromper o seu curso e acabar por comprar qualquer coisa que, na maioria das vezes, nem precisa, mas que lhe é apresentada de tal maneira tentadora que ele não resiste.
Antigamente, estes homens, apareciam em praças, jardins e rotundas da cidade, montavam banca e, a maioria deles vendia-nos a famosa "Banha da Cobra" que curava todos os males do corpo e, diziam eles com muita graça, até poderia fazer desaparecer sogra chata, desde que devidamente usada.



Blogue de vitorfaria :Conhecer, aprender e evoluir, OUTROS TEMPOS E PROFISSÕES – 6
FOTOGRAFO À-LÁ-MINUTE
Quem é que não tem pelo menos um familiar, que possua um álbum de fotografias onde é possível ver uma foto tirada por um destes profissionais?
Esta é uma profissão das mais universais, após o advento da fotografia, não haverá país, pelo menos na Europa, que não tenha história de fotógrafos destes, com o seu caixote de tripé, o seu balde com água e cartão com exemplos de fotos tiradas.
Era então vulgar encontra-los nos jardins da cidade, nas gares dos comboios e aeroportos, sempre prontos a registarem para a posteridade a imagem de um casal de namorados, de família em dia de aniversário ou mesmo de soldado em vésperas de partida para a guerra. Percorriam também cidades, vilas e aldeias do interior, onde ainda hoje se encontram, em molduras colocadas nas paredes das mais antigas casas, exemplares deste tipo de fotografias.




Blogue de vitorfaria :Conhecer, aprender e evoluir, OUTROS TEMPOS E PROFISSÕES – 3
O ENGRAXADOR
Ora aqui está uma antiquíssima profissão que apresenta, nos dias de hoje, duas vertentes completamente antagónicas. Enquanto os profissionais, como o exemplificado na foto, estão deveras em via de extinção, ou quase, os outros, os profissionais que não usam pano, tinta, escova e pomada, mas sim bajulação, intriga, falsa adoração e subserviência, continuam a proliferar e são cada vez mais em número e qualidade.
É interessante comparar os actos de execução de cada um desses profissionais, para que se possam aperceber bem das diferenças e, por ventura, até passarem a identificar mais rapidamente este novo tipo de engraxador. Vamos então a isso. Para melhor identificação, chamarei ao antigo profissional o engraxador e ao novo, o bajulador.
Quando um freguês se dispunha aceitar o trabalho do engraxador a primeira coisa que este fazia era colocar umas palas entaladas de lado entre os sapatos e as meias do cliente evitando sujar as peúgas ao cavalheiro.
Depois de ter colocado as tais palas e ter acautelado os atacadores a primeira coisa que o engraxador fazia era usar uma escova para limpar o pó que os sapatos pudessem ter.
O nosso engraxador após a escovadela já referida, tratava de passar tinta nos dois sapatos, antes de passar à aplicação da pomada.
O engraxador profissional competente, a seguir à colocação da tinta, esmera-se no espalhar da pomada, vulgarmente chamada graxa.
Por fim, o engraxador com um pano adequado, puxa o brilho aos sapatos do freguês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita, indique aos amigos.