O COVEIRO
Esta antiga profissão, tão antiga como o mundo e que, não estando garantido que dure até ao fim dos tempos é bem provável que ainda tenha muito pela frente para se manter ativa.
Desde que descobriram que a cremação é o modo mais higiénico de resolver os despojos mortais de alguém, que a profissão de coveiro se sente ameaçada. No entanto, levará ainda muitas décadas, se não alguns séculos a que, principalmente os povos latinos, aceitem globalmente a ideia da cremação. Trata-se de um enraizamento que tem muito a ver com questões religiosas e até tradicionais.
Um determinado politico com alguma visão e certo humor negro (coisa estranha na casta) afirmava em determinada altura, que haveria de chegar o tempo em que a terra disponível para se criarem cemitérios seria tão escassa que só restaria às pessoas duas opções; ou aceitavam a cremação ou levavam os seus defuntos para casa, guardando-os no armário ou na arca frigorífica.
Quem não terá gostado muito da ideia terão sido os coveiros deste país. Evidentemente que me estou a referir aqueles que abrem e fecham sete palmos de terra nos cemitérios e não aos que trataram da cova onde este nosso país está metido.
Esta antiga profissão, tão antiga como o mundo e que, não estando garantido que dure até ao fim dos tempos é bem provável que ainda tenha muito pela frente para se manter ativa.
Desde que descobriram que a cremação é o modo mais higiénico de resolver os despojos mortais de alguém, que a profissão de coveiro se sente ameaçada. No entanto, levará ainda muitas décadas, se não alguns séculos a que, principalmente os povos latinos, aceitem globalmente a ideia da cremação. Trata-se de um enraizamento que tem muito a ver com questões religiosas e até tradicionais.
Um determinado politico com alguma visão e certo humor negro (coisa estranha na casta) afirmava em determinada altura, que haveria de chegar o tempo em que a terra disponível para se criarem cemitérios seria tão escassa que só restaria às pessoas duas opções; ou aceitavam a cremação ou levavam os seus defuntos para casa, guardando-os no armário ou na arca frigorífica.
Quem não terá gostado muito da ideia terão sido os coveiros deste país. Evidentemente que me estou a referir aqueles que abrem e fecham sete palmos de terra nos cemitérios e não aos que trataram da cova onde este nosso país está metido.
O PROPAGANDISTA
Esta profissão, não tem fim à vista, e creio que será sempre uma atividade que, pela capacidade dos seus profissionais em se adaptarem à evolução tecnológica, sempre existirá de uma maneira ou de outra.
Há quem diga que o propagandista é o avô do publicitário, outros identificam-no como o antepassado mais recente do politico fala barato, pode até ser, mas eu vejo muito mais como o homem que consegue, devido à facilidade de argumentação e discurso, convencer o embasbacado passante a interromper o seu curso e acabar por comprar qualquer coisa que, na maioria das vezes, nem precisa, mas que lhe é apresentada de tal maneira tentadora que ele não resiste.
Antigamente, estes homens, apareciam em praças, jardins e rotundas da cidade, montavam banca e, a maioria deles vendia-nos a famosa "Banha da Cobra" que curava todos os males do corpo e, diziam eles com muita graça, até poderia fazer desaparecer sogra chata, desde que devidamente usada.
Era então vulgar encontra-los nos jardins da cidade, nas gares dos comboios e aeroportos, sempre prontos a registarem para a posteridade a imagem de um casal de namorados, de família em dia de aniversário ou mesmo de soldado em vésperas de partida para a guerra. Percorriam também cidades, vilas e aldeias do interior, onde ainda hoje se encontram, em molduras colocadas nas paredes das mais antigas casas, exemplares deste tipo de fotografias.
Esta profissão, não tem fim à vista, e creio que será sempre uma atividade que, pela capacidade dos seus profissionais em se adaptarem à evolução tecnológica, sempre existirá de uma maneira ou de outra.
Há quem diga que o propagandista é o avô do publicitário, outros identificam-no como o antepassado mais recente do politico fala barato, pode até ser, mas eu vejo muito mais como o homem que consegue, devido à facilidade de argumentação e discurso, convencer o embasbacado passante a interromper o seu curso e acabar por comprar qualquer coisa que, na maioria das vezes, nem precisa, mas que lhe é apresentada de tal maneira tentadora que ele não resiste.
Antigamente, estes homens, apareciam em praças, jardins e rotundas da cidade, montavam banca e, a maioria deles vendia-nos a famosa "Banha da Cobra" que curava todos os males do corpo e, diziam eles com muita graça, até poderia fazer desaparecer sogra chata, desde que devidamente usada.
FOTOGRAFO À-LÁ-MINUTE
Quem é que não tem pelo menos um familiar, que possua um álbum de fotografias onde é possível ver uma foto tirada por um destes profissionais?
Esta é uma profissão das mais universais, após o advento da fotografia, não haverá país, pelo menos na Europa, que não tenha história de fotógrafos destes, com o seu caixote de tripé, o seu balde com água e cartão com exemplos de fotos tiradas.
Quem é que não tem pelo menos um familiar, que possua um álbum de fotografias onde é possível ver uma foto tirada por um destes profissionais?
Esta é uma profissão das mais universais, após o advento da fotografia, não haverá país, pelo menos na Europa, que não tenha história de fotógrafos destes, com o seu caixote de tripé, o seu balde com água e cartão com exemplos de fotos tiradas.
O ENGRAXADOR
Ora aqui está uma antiquíssima profissão que apresenta, nos dias de hoje, duas vertentes completamente antagónicas. Enquanto os profissionais, como o exemplificado na foto, estão deveras em via de extinção, ou quase, os outros, os profissionais que não usam pano, tinta, escova e pomada, mas sim bajulação, intriga, falsa adoração e subserviência, continuam a proliferar e são cada vez mais em número e qualidade.
É interessante comparar os actos de execução de cada um desses profissionais, para que se possam aperceber bem das diferenças e, por ventura, até passarem a identificar mais rapidamente este novo tipo de engraxador. Vamos então a isso. Para melhor identificação, chamarei ao antigo profissional o engraxador e ao novo, o bajulador.
Quando um freguês se dispunha aceitar o trabalho do engraxador a primeira coisa que este fazia era colocar umas palas entaladas de lado entre os sapatos e as meias do cliente evitando sujar as peúgas ao cavalheiro.
Depois de ter colocado as tais palas e ter acautelado os atacadores a primeira coisa que o engraxador fazia era usar uma escova para limpar o pó que os sapatos pudessem ter.
O nosso engraxador após a escovadela já referida, tratava de passar tinta nos dois sapatos, antes de passar à aplicação da pomada.
O engraxador profissional competente, a seguir à colocação da tinta, esmera-se no espalhar da pomada, vulgarmente chamada graxa.
Por fim, o engraxador com um pano adequado, puxa o brilho aos sapatos do freguês.
Ora aqui está uma antiquíssima profissão que apresenta, nos dias de hoje, duas vertentes completamente antagónicas. Enquanto os profissionais, como o exemplificado na foto, estão deveras em via de extinção, ou quase, os outros, os profissionais que não usam pano, tinta, escova e pomada, mas sim bajulação, intriga, falsa adoração e subserviência, continuam a proliferar e são cada vez mais em número e qualidade.
É interessante comparar os actos de execução de cada um desses profissionais, para que se possam aperceber bem das diferenças e, por ventura, até passarem a identificar mais rapidamente este novo tipo de engraxador. Vamos então a isso. Para melhor identificação, chamarei ao antigo profissional o engraxador e ao novo, o bajulador.
Quando um freguês se dispunha aceitar o trabalho do engraxador a primeira coisa que este fazia era colocar umas palas entaladas de lado entre os sapatos e as meias do cliente evitando sujar as peúgas ao cavalheiro.
Depois de ter colocado as tais palas e ter acautelado os atacadores a primeira coisa que o engraxador fazia era usar uma escova para limpar o pó que os sapatos pudessem ter.
O nosso engraxador após a escovadela já referida, tratava de passar tinta nos dois sapatos, antes de passar à aplicação da pomada.
O engraxador profissional competente, a seguir à colocação da tinta, esmera-se no espalhar da pomada, vulgarmente chamada graxa.
Por fim, o engraxador com um pano adequado, puxa o brilho aos sapatos do freguês.
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