Centro de Atendimento a Dependentes Químicos

Prefeitura inaugura centro de atendimento a dependentes químicos

A primeira de cinco unidades de acolhimento foi inaugurada no bairro José Walter, com 30 vagas para tratamento de homens e mulheres. Ações fazem parte do programa federal "Crack, é possível vencer"

EVILÁZIO BEZERRA

O prefeito Roberto Cláudio inaugurou a nova Unidade de Acolhimento Adulto, que recebeu o nome de Silas Munguba

Os 875 metros quadrados da antiga escola de trânsito, no bairro José Walter, deverão abrigar 15 homens e 15 mulheres dependentes de álcool, crack e outras drogas. Hoje, a Capital possui apenas 120 leitos com esse perfil de internação. A promessa da Prefeitura é de que mais 400 vagas sejam disponibilizadas ainda este ano, com custo mensal de R$ 1.500 por cada paciente. Não há, entretanto, números que apontem a real demanda por esse tipo de tratamento.

A nova Unidade de Acolhimento Adulto recebeu o nome de Silas Munguba e faz parte do programa “Crack, é possível vencer”, do Governo Federal, que investirá R$ 111,7 milhões para prevenção, tratamento e inserção social de dependentes químicos em Fortaleza. Inseridos nesse recurso estão o funcionamento durante 24 horas dos 12 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) - hoje são apenas três - e construção de mais seis (com 15 leitos em cada), além de outras quatro unidades de acolhimento (80 vagas).

As comunidades terapêuticas não governamentais poderão concorrer para oferecimento de mais 300 leitos, sendo 200 para homens, 50 para mulheres e 50 para crianças e adolescentes. O custo infanto-juvenil será de R$ 3 mil por mês. “O edital já está aberto, a expectativa é de que em 30 dias já tenham vagas disponíveis”, afirmou a titular da Coordenadoria de Polícias sobre Drogas do Município, Juliana Sena.

De acordo com a coordenadora da Célula de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Natália Rios, cerca de 70% dos profissionais que trabalhavam nos Caps foram desligados por término de contrato, no início da nova gestão. “Mas 60% já estão de volta, através da seleção pública. Na próxima semana, chamaremos mais 20%”, garantiu. Atualmente são 20 profissionais, em média, atuando em cada centro.

A titular da SMS, Socorro Martins, afirmou que os profissionais que atuarão nas unidades de acolhimento também estão inseridos na seleção pública vigente. “Nessa (seleção), agora, temos mais de 200 enfermeiros para serem chamados e mais de 100 psicólogos”, destacou.

ENTENDA A NOTÍCIA

Unidade de acolhimento para dependentes químicos, com 30 leitos, é inaugurada no bairro José Walter. A Prefeitura promete até o fim deste ano mais 400 leitos para o tratamento, com custo mensal de R$ 1.500.

Serviço

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