sexta-feira, 28 de junho de 2013

Prelado e dois outros homens presos no Vaticano


Prelado e dois outros homens são presos em investigação sobre banco do Vaticano

  • Monsenhor Scarano foi acusado de ter tomado cerca de € 600 mil de conta bancária

Nunzio Scarano em Salerno, na Itália, em data não identificada
Foto: Francesco Pecoraro / AP
Nunzio Scarano em Salerno, na Itália, em data não identificadaFrancesco Pecoraro / AP
ROMA - Um importante clérigo do Vaticano suspeito de tentar ajudar amigos ricos a levar milhões de euros para a Itália ilegalmente foi preso nesta sexta-feira, como parte de uma investigação no Banco do Vaticano, disseram fontes da polícia e o advogado do suspeito. O monsenhor Nunzio Scarano, de 61 anos, trabalhava como contador da administração financeira do Vaticano e já estava envolvido em outra investigação realizada por magistrados do sul da Itália. A detenção acontece dois dias depois do Papa Francisco ter nomeado uma comissão especial de inquérito para investigar as atividades da instituição, que é formalmente conhecida como o Instituto para Obras de Religião (IOR), e tem sido atingida por vários escândalos nas últimas décadas.
Segundo o magistrado, Scarano foi acusado de envolvimento numa tentativa de ajudar amigos a levar € 20 milhões de euros (US$ 26 milhões) da Suíça para a Itália de avião, em conluio com o agente do serviço secreto e o intermediário financeiro. O advogado, que teve acesso à acusação, disse que o dinheiro nunca deixou a Suíça. Não ficou claro qual o papel que o banco tinha no esquema.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse em um comunicado que autoridades do Vaticano estavam prontas para cooperar com a investigação, mas até então não recebeu nenhum pedido oficial.
Na investigação, relata Sica, amigos ricos teriam doado dinheiro a Scarano para que ele pudesse construir uma casa para doentes terminais. Segundo o advogado, seu cliente queria usar esse dinheiro para pagar sua hipoteca para que ele pudesse vender um imóvel em Salerno e usar os recursos para construir o espaço.
Aparentemente para cobrir seu rastro, Scarano foi acusado de ter tomado cerca de € 600 mil (US$ 780,2 mil) em dinheiro de uma conta do banco do Vaticano, um pouco de cada vez, geralmente € 10 mil, dando a amigos que lhe deram cheques. Ele então depositava os cheques em uma conta de banco italiano para pagar uma hipoteca.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita, indique aos amigos.