quinta-feira, 18 de julho de 2013

O homem que vive sem comida


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Rob Rhinehart vive sem comida. Como? Se alimentando de algo chamado Soylent, que ele descreve como “uma forma eficiente de alimentar a humanidade, pela primeira vez na história”.
Rhinehart percebeu que a comida não funciona. Pelo menos, não muito bem. Sua função é fornecer energia e nutrição que o corpo necessita, mas é cara e leva muito tempo para se preparar. Muitas pessoas no mundo não podem se dar ao luxo de comer corretamente, enquanto outros comem tão mal que tornam-se obesos, o que prejudica a saúde.
Ou seja, de uma forma ou de outra, comer é um problema para milhões, talvez bilhões de seres humanos.
Mas Rhinehart promete uma solução: Soylent. Investidores já prometeram mais de US$ 100.000 (cerca de R$ 200 mil) para a fabricação de sua invenção. Além disso, uma campanha de crowdfunding já lhe trouxe outros US$ 100.000 em pouquíssimo tempo. Mais de 1.000 apoiadores pagaram US$ 65 (cerca de R$ 130) para receber fornecimento de Soylent para uma semana.
Rhinehart planeja usar esses novos fundos para fabricar seu produto em quantidades industriais – e, pelo jeito que a coisa anda, ele deve fazer sucesso.

Soylent

A substância se destina a fornecer todos os nutrientes e calorias que um corpo humano necessita – em outras palavras, pretende substituir alimentos. Para consumi-la, basta misturar o pó com água e beber.
Rhinehart, 24 anos, diz que está vivendo principalmente de Soylent desde fevereiro. “É muito doce. O gosto é quase como uma massa de bolo”, conta.
O inventor estudou ciência da computação e engenharia elétrica em Georgia Tech (EUA). Ele diz que Soylent foi inspirado por quanto tempo e dinheiro ele gastava em comida, que sequer fazia bem para sua saúde. “Este é um problema antigo para os solteiros”, conta.
Seu primeiro trabalho foi a pesquisa. Em sites, livros e publicações acadêmicas de acesso livre, ele aprendeu sobre biologia, fisiologia, nutrição, biodisponibilidade, mecanismos metabólicos e sobre todas as diferentes substâncias que compõem um ser humano.
Ele começou a ver seu corpo como uma máquina, que exigia uma lista finita de necessidades para funcionar de forma eficiente. Assim, escreveu todas e se dedicou a descobrir onde poderia comprá-las, o mais barato possível.
acadêmicas adquiri a maioria dos 32 componentes de Soylent em empresas de fornecimento de produtos químicos, sintetizados em formas que o corpo pode absorver.
Alguns dos produtos de Soylent são derivados de alimentos reais (azeite fornece a gordura, por exemplo), mas não muitos. “O cálcio vem de calcário”, explica.
Além de resolver um problema para solteiros desinteressados na culinária, Rhinehart prevê que sua invenção alimente pessoas passando fome em países em desenvolvimento.

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