Escrito por Bruno Hoffmann |
Em vez de entrar em contato com as obras de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Monteiro Lobato em bibliotecas ou museus, por que não visitá-los pessoalmente? Ué? Mas eles não estão mortos? Sim, por isso o ponto de encontro é o Cemitério da Consolação, em São Paulo, que desde 2001 organiza passeios monitorados. O visitante imerge na cultura e na história paulistana. Além de conhecer as sepulturas de importantes nomes da cidade, também se depara com valiosas obras de arte, como esculturas de Victor Brecheret, Luigi Brizollara e Eugênio Prato. Há também a peça em granito Solitudo, de Francisco Leopoldo e Silva, considerada o primeiro nu feminino das artes plásticas brasileiras. “É um museu a céu aberto”, explica o guia Francivaldo Gomes, o Popó, que desde 2002 orienta o público nesse passeio inusitado. Entre as sepulturas, destacam-se o suntuoso túmulo da família Matarazzo, de 20 metros de altura, e o jazigo da Marquesa de Santos, a famosa amante de dom Pedro I. Entre os frequentadores assíduos, está a escritora Maria Adelaide Amaral, que gosta de visitar os “queridos modernistas”, retratados por ela na minissérie Um só Coração. “Gosto tanto deles que vou visitá-los no Consolação. A Tarsila, o Oswald, o Mário… Estão todos lá. É como se fosse gente da minha família”, conta. Para evitar que haja furtos, o cemitério não distribui folhetos explicativos sobre a localização das obras e túmulos. Para encontrar o que deseja, só marcando um horário com Popó. As visitas monitoradas duram, em média, uma hora.
Fonte: www.almanaquebrasil.com.br
|
sábado, 14 de setembro de 2013
A maior galeria de arte a céu aberto do Brasil
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita, indique aos amigos.