Memorial da Câmara
A Câmara Municipal de Salvador é a
segunda mais antiga do Brasil, atrás apenas da de São Vicente, em São Paulo. Mas
foi, durante muito tempo, a mais importante do país: nasceu juntamente com a
cidade, em 1949, na sua atual localização, a Praça Tomé de Souza, primeiro
espaço criado nas Américas para concentrar os principais prédios da
administração pública.
Antes, as câmaras municipais praticamente administravam
as cidades, concentrando os poderes executivo, legislativo e judiciário:
deliberavam sobre vários aspectos da vida urbana, como o trabalho, o
abastecimento, a saúde e higiene públicas, além de serem responsáveis pela
aplicação da justiça comum. Essas atribuições só foram perdidas a partir do
período republicano, quando as câmaras se tornaram o que são hoje: o espaço de
representação política da sociedade.
Plenário da
Câmara Municipal de Salvador
O
primeiro prédio da Câmara Municipal de Salvador, então chamada Casa de Câmara e
Cadeia, foi de taipa e palha. Dois anos depois, foi construído um novo prédio,
com pedra, cal, barro e telhas. Em 1660, foi construído um prédio imponente, de
acordo com as nobres atribuições da Casa. Com a colocação de uma torre, em 1696,
a Câmara passou a ter a sua atual estrutura arquitetônica, sendo hoje um dos
mais importantes exemplares da arquitetura colonial
portuguesa.
O Memorial da Câmara
Municipal de Salvador foi criado pelo Decreto Legislativo n° 855 de 10 de
outubro de 1997 e aberto ao público em 2001. Museu público e sem fins lucrativos de responsabilidade
desta Casa Legislativa, é dedicado à preservação e divulgação da memória
histórica e cultural da instituição, assim como da cidade do Salvador, através
de seu acervo documental, iconográfico e mobiliário.
Em 29 de dezembro de 2010, o
Memorial foi reinaugurado com um trabalho de revitalização do seu espaço.
O núcleo inicial do Memorial foi a
Pinacoteca do Paço Municipal, composta, em sua maioria, por retratos de
personalidades históricas de Salvador, pintados por artistas renomados como:
Lopes Rodrigues, Presciliano Silva, Alberto Valença, Victor Meireles, Henrique
Passos, Carlos Bastos e Floriano Teixeira.
Além dos retratos, também fazem
parte do acervo alguns exemplares de mobiliário do século XIX, uma urna de prata
trazida de Portugal, medalhas e condecorações, achados arqueológicos,
fotografias e réplicas de cerâmicas indígenas doadas pela Associação de
Ceramistas da Bahia.
O Memorial da
Câmara Municipal de Salvador é um espaço voltado para diversos
públicos. Sua missão é contribuir
para a aproximação da população com o patrimônio histórico e a memória cultural
da cidade, através de ações que evidenciem a importância de Salvador e de
seu poder municipal no contexto da história do Brasil.
Fonte: Blog do Facó
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