Fortaleza ganha 270 novos leitos em 17 unidades de internação
As ONGs habilitadas para o tratamento de dependentes químicos começam a trabalhar em 1º/11 na Capital
Sara Rebeca Aguiar
O tratamento de usuários de crack, álcool e outras drogas ganhará reforço em Fortaleza a partir de 1º de novembro. Duzentos e setenta novos leitos de internação em 11 comunidades terapêuticas e seis unidades de acolhimento foram anunciados ontem pelo prefeito Roberto Cláudio.
As organizações não-governamentais (ONGs), responsáveis pelas internações, foram habilitadas por editais públicos municipais. Segundo o prefeito, elas farão parte do conjunto de ações do Plano de Enfrentamento às Drogas do Município, lançado em junho último.
Serão 180 vagas para homens nas comunidades terapêuticas e 90 vagas para mulheres, crianças e adolescentes nas unidades de acolhimento, financiadas pelo Governo Federal, por meio do programa “Crack, é possível vencer”. Os novos leitos somam-se às 62 vagas de internação em quatro instituições públicas já existentes, conta a titular da Coordenadoria de Políticas sobre Drogas, Juliana Sena. “Nas comunidades, tem-se a espiritualidade e o envolvimento das famílias como principais características.
Já nas unidades, além desse trabalho espiritual, focamos o convívio e a reinserção social”, diferencia Juliana. Atualmente, as internações ocorrem em dois Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), que funcionam 24 horas, no Hospital Santa Casa e na Unidade de Acolhimento Dr. Silas Munguba.
Nesses espaços, o período de internação pode levar até nove meses. O custo mensal dos leitos varia de R$ 1 mil, para os homens, a R$ 3 mil, para crianças e adolescentes. “Não sabemos ao certo quanto virá do Governo, mas, independente de quanto o Governo Federal vai financiar, a Prefeitura já vai começar a pagar com recursos próprios a partir de 1º de novembro deste ano”, garante RC.
Mais leitos em 2014
De acordo com o prefeito, ainda não se sabe se esse número atende a demanda de usuários da Capital. “As estatísticas sobre a demanda de internação voluntária em Fortaleza são muito escassas.” Ele diz que o Centro Integrado de Referência sobre Drogas, criado em junho último, possui um núcleo responsável por fazer esse levantamento, mas adianta que a rede será estendida em 2014, com a criação de mais seis unidades de acolhimento. “Estamos tateando essa demanda, mas temos consciência de que se trata de um problema grave, sério, complexo, não fácil de vencer. Lidamos com isso não como um problema de segurança pública, mas de saúde pública”, declara.
Fonte: Jornal O Povo
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