A ilha dos Frades localiza-se
praticamente no centro da baía de Todos os
Santos, pertencendo ao município de Salvador.
Com apenas seis quilômetros de comprimento, possui a forma de uma estrela de quinze pontas e apresenta belas paisagens, com praias, lagos, cachoeiras,montanhas, coqueirais e uma vegetação típica da Mata
Atlântica, com árvores nativas, inclusive o pau-brasil.
De acordo com uma lenda local, a ilha é assim denominada uma vez que, à época do início da
colonização, nela foram assassinados dois frades pelos Tupinambás, os quais pretendiam catequizar.
Foi, também, um importante entreposto
de escravos para o Recôncavo
Baiano.
Um dos filhos ilustres da ilha dos
Frades, foi o Barão de
Loreto (1836-1906), personagem política da época do
Império.
A tradição oral nativa conta que,
durante décadas, a ilha dos Frades foi dominada por um fazendeiro denominado
Gabriel Viana, que no estilo dos "coronéis" dos tempos da República
Velha, agia como um verdadeiro senhor feudal, decidindo
sobre a vida e a morte dos moradores, ora sendo um benfeitor da comunidade
local, através de práticas assistencialistas, ora sendo um dominador
autoritário.
A colonização formou três pequenas
povoações que são:
"Ponta de Nossa Senhora de
Guadalupe", na qual moram atualmente cerca de quarenta e cinco pessoas.
Possui diversas barracas de praia e de artesanato, além de contar com ruínas de
um antigo casarão e de uma igreja que remonta ao século XVII que está
completamente arruinada.
"Costa de Fora", onde moram
cento e cinquenta habitantes. Conta com uma hospedaria (Hospedaria Barracuda)
com dez leitos e um único bar. Possui uma igreja antiga escondida na vegetação,
algumas quedas d'água escondidas na Mata
Atlântica remanescente e o único cemitério da
ilha.
"Paramana", a principal
povoação de lá, conta com mais de novecentos habitantes. Dispõe de um posto
policial, um posto de saúde que atende semanalmente, além de barracas de praia,
alguns restaurantes, um pequeno comércio e uma pousada. Próximo desta povoação
fica a mais que centenária "Igreja de Nossa Senhora do Loreto" e um
casarão centenário, ambos reformados.
A ilha constitui-se em uma reserva
ecológica municipal desde 1982 e integra a APA (Area de Preservação Ambiental) Estadual Baía de Todos os
Santos.
Entre os monumentos históricos, destacam-se as ruínas
da Igreja de Nossa Senhora
de Guadalupe, que remonta ao século
XVII, a Igreja de Nossa Senhora
do Loreto, erguida no século
XVIII, a Igreja de Nossa Senhora
do Bom Parto, o Farol da ilha dos
Frades, no morro atrás da praia de Ponta de Nossa
Senhora, as ruínas de um lazareto, as de um entreposto, onde
os escravos eram colocados para engordar antes de
serem vendidos, as de um armazém, onde os escravos ficavam de quarentena e as de
uma casa-de-farinha.
As praias mais importantes são
a Praia da
Costa, a de
Loreto, a de
Paramana, a da Ponta de Nossa
Senhora, a do
Tobar e a da
Viração.
Todas apresentam águas límpidas e
cristalinas, excelentes para a prática do mergulho, com uma visibilidade de até
quinze metros na horizontal e profundidade máxima de onze metros. Nelas podem ser
observadas formações de corais e recifes.
O acesso à ilha é feito a partir
da ilha de Madre de
Deus, onde se pode fazer a travessia marítima
em barcos alugados até Paramana ou a Ponta de Nossa Senhora, ou, a partir
de Salvador, em barcos de
turismo.
A Praia de
Paramana, preferida dos ilhéus e visitantes, está localizada na parte
central da ilha dos
Frades, Salvador, Bahia.
Apresenta um trecho de Mata
Atlântica bastante preservada onde há presença de animais em
extinção. Possui um pequeno vilarejo,
conhecido pelo mesmo nome, com casas de pescadores nativos e veranistas. É
propícia à prática da pesca,
do mergulho e de
outros esportes
náuticos, apresenta, na maré baixa, piscinas naturais, em
função da presença de recifes.
Para chegar a
Praia de Paramana, assim como todas as outras praias da Ilha dos Frades, é
necessário o uso de embarcações que saem do município de Madre de
Deus.
Durante os
períodos de chuva, a água acumulada nas partes mais altas da ilha escorrem em
direção ao mar, durante esse trajeto encontram pedras e barrancos que dão às
águas o formato de cachoeiras. São quedas d`água temporárias, não cachoeiras como
muitos confundem.
Fonte: Blog do Facó
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