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Presumindo que precisaria de ajuda e
ferramentas apropriadas, e como o dia já avançava, voltou para casa; no dia
seguinte, já com a conivência de dois dos seus melhores amigos, Tony Vaughan e
Jack Smith, navegou novamente até Oak Island, e sistematicamente começaram a
fazer escavações.
Outra surpresa! Logicamente, sabiam que existiam lendas que já estavam enraizadas no folclore dos seus conterrâneos, porém, não em tamanha intensidade. Ninguém ousava uma aproximação de Oak Island, pois dizia-se com todas as letras que a ilha era assombrada pelos fantasmas de dois pescadores que lá desapareceram, por volta de 1720, quando estavam investigando a procedência de luzes não convencionais que surgiam no local. Diante dessas dificuldades, McInnes e os seus amigos, resolveram, como se diz "Dar um tempo"; desistiram...provisoriamente. Posteriormente, MacInnes e Smith instalaram-se na ilha. Com o passar do tempo, por volta de 1804, sabedor da história que evidentemente já se alastrará, Simeon Lynds, da Nova Escócia, um homem muito rico, junta-se a eles e fundam o que denominaram de "Companhia do Tesouro". Com as escavações mais intensas, constataram que a cada 3 metros de profundidade, existiam toros de carvalho, como podemos apreciar na figura acima; essa primeira etapa, se é que podemos classificar assim, estendia-se poço abaixo, numa distancia de aproximadamente 27 metros. Camadas de fibra de coqueiros, carvão de lenha e estuque utilizado em navios, mesclavam-se com os resíduos de terra que saiam do poço, além de uma descoberta sensacional, uma laje com símbolos curiosos, artisticamente ilustrada pelo Almanaque "Pridie Kalendas", a seguir:
Vibrando, Lynds teve a certeza de que era uma arca de tesouro; todavia, já na manhã seguinte a decepção.
Naquela profundidade do
poço,encontraram aproximadamente 18 metros de água . Dias,
semanas de baldeação foram
totalmente inócuas, pois o nível da água teimosamente
permanecia constante. A equipe,
juntamente com Lynds, concluíram que tal
fato originava-se de alguma fonte
subterrânea de água doce.
Tempo depois, mineiros contratados escavaram 34 metros, a uma certa distancia
do "Poço do Dinheiro", sendo que de lá deram início as escavações de um túnel em
direção a verticalização do poço.Pasmem os senhores ! Quando estavam praticamente a 60 centímetros de distância do alvo, toneladas de água o invadiram, provocando, não fosse a presteza dos mineiros, uma tragédia; enquanto os trabalhadores escapavam às pressas para não morrerem afogados, o túnel e o segundo poço foram totalmente inundados. Esse aparente fracasso foi muito duro para os nossos empreendedores; desanimado e praticamente falido, Lynds desistiu, posteriormente McInnes veio a falecer. Do quarteto original, Vaughan e Smith ainda mantinham grandes esperanças no empreendimento; corroborando com essa afirmativa, por volta de 1849, em outra tentativa, agora com uma corporação de Truro, Nova Escócia.
Os resultados iniciais foram considerados alvissareiros!
Agora, já em 1850, mais um poço com 34 metros foi perfurado; também inundado. Só que desta vez, um ajudante caiu nele, felizmente voltando à superfície, com a voz embargada, sussurrando:
"Água Salgada!"
Chegou-se a conclusão então de que a água dos poços subia e
descia conforme a maré.
Essa descoberta levou os trabalhadores vasculharem os arredores,
especificamente a areia da praia, almejando encontrarem alguma canalização
oculta que viesse do mar.Surpresos, encontraram sob a areia toneladas de fibra de coqueiro e zostera (planta marinha), num fundo de pedra que se estendia por 45 metros de largura, ou seja, a distância exata entre as marcas da enchente e da vazante da maré.
As surpresas não pararam por aí.
Fruto de novas escavações, localizaram cinco comportas com paredes
de pedra, num plano inclinado que descia do mar e convergia para uma linha na
direção do Poço do Dinheiro.
Em outras palavras, a praia servia como uma gigantesca esponja,
absorvendo a água da marés e filtrando-a para um aqueduto, que a despejava
diretamente para baixo, numa descida de 20 metros, conforme provaram explorações
posteriores, e depois seguia uma linha oblíqua até um determinado ponto nas
profundezas do Poço do Dinheiro- tudo cheio de pedras soltas para evitar a
erosão.
Não desanimando, os técnicos de Truro construíram uma espécie de ensecadeira para conter o mar; não adiantou, o mar implacável, imediatamente a destruiu. Posteriormente, cavaram 35 metros e abriram um túnel por baixo do Poço do Dinheiro. Infelizmente porém, durante o jantar do pessoal responsável, o fundo do poço desabou no túnel e depois mais adiante ainda- num espaço misteriosamente vazio. Com a contabilização da perda em aproximadamente 40.000 dólares, a empresa de Truro abandonou o projeto; todavia, apesar desse aparente fracasso, as resultantes um enorme interesse por Oak Island. Seguiu-se uma série de expedições, todas com muito custo envolvido, infelizmente com resultados pífios; uma delas foi mais atingida, pois logo após uma explosão de uma bomba a vapor gigantesca, um homem morreu. Passados quase 100 anos após as primeira escavações, em 1893, foi organizada mais uma empresa, agora por Frederick Blair, um negociante da Nova Escócia, que bancou quase 60 anos tentando solucionar o enigma. Na prática, Blair conseguiu novos e bons resultados os quais passamos a enumerar:
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Não se dando em hipótese alguma por vencido,
Blair e seus sócios autorizaram perfurações mais profundas no poço.
Numa profundidade de aproximadamente 46 metros, a mais profunda até aquela
data, a broca utilizada transpassou 18 centímetros de cimento, 12 de carvalho,
81 de chapas de metal, posteriormente mais carvalho e mais cimento. Todavia,
quando a perfuração atingiu a marca de 50 metros, foi barrada por uma chapa de
ferro aparentemente intransponível.
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Mas a sociedade não chegou a descobri-lo;
depois de literalmente enterrar mais de 100.000 dólares, melancolicamente
dissolveu-se; só Blair não desanimou e procurou dar continuidade aos trabalhos.
Em primeiro lugar, pleiteou e obteve por 40 anos, direitos amplos sôbre
qualquer tesouro que porventura fosse achado na ilha; posteriormente, resolveu
arrendá-lo em contrapartida de uma parcela das descobertas que porventura
viessem a ser encontradas. O primeiro da lista como arrendador foi o engenheiro Harry Bowdoin, de Nova York, com o apoio de muitos figurões; Bowdoin, em 1909, efetuou concomitantemente escavações e perfurações, sem resultado algum. Dando seqüência, corporações de Estado de Nova Jersey, Nova York, Rochester, Wisconsin. Todas com fracassos acachapantes. Em 1931, William Chappell, de Sydney, Nova Escócia, empreiteiro rico, também enterrou perto de 30.000 dólares sem resultado algum; seu sucessor, já em 1936, foi Gilbert Hedden, um outro milionário de Nova Jersey, que gastou mais de 100.000 dólares no empreendimento. Hedden fez a instalações de cabos submarinos para mandar eletricidade entre o continente e a ilha, com a intenção de acionar bombas de alta rotação; contratou uma empresa de mineração da Pensilvânia para obstruir o poço de 50 metros.
De sopetão, Mel Chappell aplica perto de 25.000 dólares numa escavação, redundando em um verdadeiro desastre, que se transformou em um pequeno lago. Em seguida, Mel repassa parte dos seus direitos a sucessivos aventureiros, verdadeiros caçadores de tesouro, dos quais consta ser o último Bob Restall,de Hamilton, Ontário, um metalúrgico de 50 anos. Em 1959, Restall abandonou o seu emprego e mudou-se para Oak Island com a esposa, Mildred, e os filhos, Bobby e Rickey, na época com 23 e 15 anos respectivamente, para morar em uma casa de madeira de uma peça anexa ao Poço do Dinheiro, que ficou uma cratera escavada, cheia de lodo e madeira apodrecida.
Para que os nossos prezados visitantes do Almanaque "Pridie Kalendas" tenham um posicionamento mais preciso, esta nossa adaptação foi baseada na reportagem de:
Consta que a última investida feita, na busca frenética ao tesouro, foi em 1966, por uma sociedade entre um construtor da Florida chamado Dan Blankenship e um homem de negócio de Montreal, de nome David Tobias; os trabalhos foram iniciados de uma forma bem intensiva. Em 1968, talvez por problemas financeiros, com a captação de mais recursos advindos de novos investidores, criam a Triton Alliance; infelizmente, problemas mecânicos, disputas de terras, a derrocada do Mercado de Ações de 1987, e outros problemas, incluindo a falência de dois dos sócios, foi abruptamente interrompido um projeto estimado em 10 milhões de dólares. CONCLUSÃO Utilizando pás e picaretas, "varinhas mágicas", explosivos, escavadeiras, bombas, e outros equipamentos pesados, pessoas físicas e jurídicas, ao invés de desenterrar algo do chamado "Poço do Dinheiro", ali já enterraram milhares de dólares, tirando praticamente nada do local- apenas elos de corrente de ouro, farrapo de antigo pergaminho e uma pedra cor de azeitona com a inscrição de uma data (1704). Apesar de inúmeras tentativas, ninguém chegou ainda no fundo: cada vez que pareciam aproximar-se do alvo, torrentes de água inundavam o poço, afogando esperanças dos intrépidos empreendedores; o que parece evidente aos estudiosos e técnicos é que o "Poço do Dinheiro" é protegido por um engenhoso sistema de túneis feitos para inundá-lo, usando o mar como guardião. Segundo opiniões abalizadas, como a de técnicos em mineração, esse espetacular sistema só poderia ter sido construído por um mago da engenharia, com muito auxílio....e muita coisa para esconder; aliás, como disse o engenheiro de petróleo George Greene, em 1955, após efetuar perfurações em Oak Island para uma empresa de exploradores de petróleo do Texas:
"Alguém se deu a muito trabalho para enterrar
alguma coisa aqui. E se não foi o maior especialista de todos os tempos em
pregar peças aos outros, a coisa devia valer o esforço"
Em contrapartida, com tantas histórias e relatos, natural que uma avalanche
de teorias, livros, páginas na Internet, interpretadores de sonhos, cartas de
"tarot", visionários e mesmo eminentes vigaristas saíram a campo para, a seu
modo, tentarem obter alguma vantagem.Na verdade, desde 1795, piratas haviam rondado o litoral atlântico da América do Norte e deixado no seu rastro espetaculares lendas de tesouros enterrados. No campo fértil das lendas, as mais espetaculares que se têm conhecimento para a explicação do que poderia estar escondido no poço, são as seguintes:
(*) Fonte: Tesouros do Mundo - Emparedados. Enterrados. Submersos. de Robert Charroux, com tradução de: Torrieri Guimarães, Hemus-Livraria Editora Ltda, páginas 308 e 309. "Detido, extraditado, é levado para a Inglaterra, permanecendo na prisão por mais de dois anos. Em 8 de maio de 1701, o tribunal de Old Bayley condena-o à morte, assim como a nove membros de sua tripulação. Kidd sempre protestou sua inocência, e diz-se que, logo que conheceu a sentença que o arrasava, fez a seguinte proposta aos juízes: - Sei onde se encontra um tesouro prodigioso; poupem-me a vida e direi onde se encontra ele. Ele foi enforcado na Execução Dock, em 23 de maio de 1701; a corda partiu-se e o capelão Paul Lorrain pôde, crê-se, ouvir enfim a confissão de culpabilidade, isto é, a da pirataria, mas não do assassinato. O infeliz, em seguida, foi de novo enforcado, mas com firmeza desta vez. Resulta de todas estas aventuras que um dos mais modestos piratas dos oceanos, o que, com muita lógica, não deveria ter deixado senão um pequeno vestígio nos anais da pirataria, por inverossímil golpe de sorte, conheceu uma notoriedade e rigores injustificados. Decorrente deste destino pós-fabricado, a história de seu tesouro cresceu no mesmo ritmo e entrou na lenda com uma profusão de detalhes absolutamente incríveis. Uma multidão de planos e de relatos passou a circular às escondidas e logo o fabuloso tesouro de Kidd excitará as imaginações. No fim do século XIX, imaginou-se tê-lo descoberto na ilha de Gardiner, Estado do Maine, Nos EUA. O inventário teria sido feito e o montante elevar-se-ia a dez milhões-ouro. Este tesouro certamente jamais pertenceu a Kidd, que não teria tido a ousadia nem teria podido levar seus lucros, entregando-se a seus armadores. Outras caixas, também imaginárias, foram assinaladas: uma ao sul da Nova Escócia, na ilha Oak (Ilha do Carvalho); outra em uma caverna de Coco Lomo, baía de Santa Helena, na fronteira da Nicarágua e da Costa Rica, lado do Pacífico, local em que estariam enterrados vários cofres de ouro." |
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