Sobrado do Barão de Aracati
A edificação do século XIX, inserindo-se numa das
áreas de maior importância histórica para o nosso Estado, que é o acervo urbano
e arquitetônico de Aracati do século passado e que se conserva ainda bastante
íntegro.
O sobrado caracteriza-se pela esbeltez de suas
formas e por ter a fachada principal em azulejaria
portuguesa.
Sua fachada conta com nave envasaduras de corpo
inteiro, divididas em três para cada nível (piso). O primeiro piso (térreo)
destinava-se originariamente ao comércio, ficando os demais para uso
residencial. O sobrado conta ainda com um sótão, que forma o quarto piso, com
envasaduras para as empenas laterais da edificação (oitões). Merece referência também, no interior da
edificação, uma escada helicoidal em ferro.
A edificação abriga atualmente o Museu Jaguaribano
e faz parte de um conjunto urbano com o qual se
harmoniza.
Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n°
9.109 de 30 de julho de 1968, através do decreto n° 16.237 de 30 de novembro de
1983.
CASA DO PORTUGUÊS
Protegida contra intervenções que desfigurassem sua
estrutura original desde 2006, quando o processo de tombamento foi aberto pela
então Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (Funcet), a Casa do Português,
localizada na Avenida João Pessoa, data de 1950, quando começou a ser construída
pelo português José Maria Cardoso.
O proprietário deu seu próprio nome, junto ao de um
santo, a casa: Vila Santo Antônio de José Maria Cardoso, popularmente conhecida
como “Casa do Português”. Possui três andares com duas rampas laterais que davam
aos automóveis, acesso aos terceiro e quarto
andares.
O prédio teve sua preservação solicitada por ser
uma referência da cidade, marco simbólico, arquitetônico e afetivo de Fortaleza.
De acordo com o parecer, “o prédio notabilizou-se, desde a sua inauguração, por
seu aspecto insólito e exagerado, espécime arquitetônico pitoresco em meio a uma
Fortaleza constituída por uma arquitetura de escala
comportada”.
A casa de três andares possui 11 quartos e três
banheiros apenas no primeiro deles, com uma rampa para automóveis que circunda
sua robusta estrutura em concreto armado, chamou a atenção da população
fortalezense desde sua inauguração em 1950. Comentava-se sobre a imensidão da
casa construída pelo fazendeiro e comerciante português José Maria Cardoso para
abrigar sua pequena família, composta apenas de esposa e filho único, não por
acaso ele deu o nome de Vila Santo Antonio ao imóvel. Mas o que principalmente
provocava o burburinho era a arquitetura inusitada para a época, que a fez
figurar em cartões postais da cidade na década de 1960 e se transformar numa
referência arquitetônica de Fortaleza.
Depois de servir de morada por alguns anos para a
família de José Maria, o imóvel foi sede da Empresa de Assistência Técnica de
Extensão Rural do Ceará (Ematerce) de 1965 a 1984, abrigou uma oficina mecânica,
e funcionou ali a Boate Portuguesa, entre outros usos, e figurou nas páginas dos
jornais com notícias como a prisão de assaltantes e um
suicídio.
Em 1994, a Casa do Português foi posta à venda,
depois do frustrado leilão de dez anos antes no qual os herdeiros tentaram
vende-la por 4 bilhões de cruzeiros, a esposa de um dos netos do comerciantes
português José Maria Cardoso chegou a falar à reportagem do Jornal o Povo que as
intenções dos compradores eram a de estabelecer um museu de arte no
lugar.
Mais recentemente, em 2005, os arquitetos Napoleão
Ferreira e Mário Roque chegaram a apresentar projeto para transforma-la em um
centro cultural dedicado à cultura portuguesa, o que poderia muito honrar o
falecido português, que, dizem, construiu a casa em homenagem à esposa e ao país
natal, mas a ideia não saiu do papel.
Fonte: Jornal o povo
Imagens: Arquivo Nirez
CASA DE JUVENAL GALENO
Fundada em 27 de setembro de 1919, é uma
instituição mantida pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), com
objetivo de difundir e incentivar a cultura cearense. A Casa de Juvenal Galeno,
dirigida por Antônio Galeno, sempre foi um movimentado centro cultural da
cidade. Nesta casa, o poeta Juvenal Galeno criou os seus sete filhos e veio a
falecer aos 95 anos.
Instalada à rua General Sampaio, 1128, a Casa
de Juvenal Galeno, construída pelo poeta em 1886 e transformada em centro de
cultura em 1919 por suas filhas Júlia e Henriqueta Galeno, é um dos palcos mais
antigos da nossa história cultural, que já recebeu personalidades como Rachel de
Queiroz, Euclides da Cunha, Gustavo Barroso, Antônio Sales, Leonardo Mota, Jáder
de Carvalho e, Patativa do Assaré. O poeta quis nesta casa receber a Medalha do
Abolição, do Governo do Estado do Ceará.
A casa possui dez cômodos, onde abriga um valioso acervo bibliográfico, doado por Mozart Monteiro, e a biblioteca do próprio Juvenal Galeno, que juntos totalizam dezoito mil volumes, higienizados, catalogados e informatizados. Possui dois auditórios. O principal, chamado Henriqueta Galeno, tem capacidade para 120 pessoas e dispõe de um pequeno palco com um piano de meia cauda e várias obras de arte, entre elas, duas obras do pintor e escritor Otacílio Azevedo. O outro auditório – chamado Nenzinha Galeno - é ao ar livre, sombreado por frondosas mangueiras, tem capacidade para 200 pessoas.
No corredor da entrada, duas estátuas de mármores recepcionam os visitantes – uma representa a música e a outra a maternidade. No salão Alberto Galeno, há um mobiliário antigo, um móvel envidraçado onde estão guardados os objetos de uso pessoal do poeta, a herma de Juvenal Galeno, duas grandes mesas para reuniões e recepções, fotos dos escritores, poetas e sócios da instituição. No salão Júlia Galeno existem móveis centenários de luxo, faqueiros de prata, conjunto de louças importadas da Europa (pertencentes aos pais de Juvenal Galeno), cristais e vários outros utensílios, do século XIX, utilizados pela família Galeno.
Na Sala dos Espelhos, existe uma escrivaninha
de Juvenal Galeno, um quadro de Juvenal Galeno pintado por Vicente Leite, um
móvel envidraçado onde estão guardados documentos e manuscritos do poeta,
cadeiras de palhinhas, mesas de mármore, espelhos e os bustos de Goethe e
Schiller.
Nos anos 30 e 40, viveu sua fase áurea, quando era freqüentada por artistas, intelectuais e políticos que cultivavam o gosto pelas letras. Os saraus literários que animavam as noites da casa eram prestigiados por escritores famosos como Leonardo Mota, Quintino Cunha, Jader de Carvalho, Patativa do Assaré, Rachel de Queiroz, Fernandes Távora, Raimundo Girão, Moreira Campos, Mozart Soriano Albuquerque entre tantos outros. Entre estátuas e bustos de granitos, móveis coloniais, arquitetura esmeralda, jardim assombreado, a Casa de Juvenal de Galeno faz parte da memória cultural cearense e brasileira.
A Casa de Juvenal Galeno é hoje um dos maiores
centros da cultura cearense, congregando várias entidades:
• Academia
Juvenal Galeno de Cultura – AJUGALC;
• Ala
Feminina da Casa de Juvenal Galeno;
• Comissão
Cearense de Folclore;
• Centro
Cultural dos Cordelistas – CECORDEL;
• Cooperativa
de Cultura do Ceará – COOPECULTURA;
• Associação
de Ouvintes de Rádio – AOUVIR;
• Associação
dos Proprietários, Artistas e Escolas de Circo do Ceará – APAE-CE;
• Associação
Solidária Internacional – A.SIN;
• Núcleo
de Amigos dos Mágicos do Ceará – NUAMAC.
Estas entidades realizam reuniões regulares e mantêm intercâmbio com outros grupos e entidades afins, em quase todo o Brasil, divulgando o potencial artístico e cultural do Ceará.
Além dos eventos promovidos por essas entidades
a Casa de Juvenal Galeno oferece uma rica programação da cultural popular
tradicional com a presença de elementos como a viola, cantoria, embolada,
cordel, xilogravura, artesanato e outras manifestações.
Fonte: SECULT CE
Site Oficial: Casa de Juvenal Galeno
Site Oficial: Casa de Juvenal Galeno
FARMÁCIA OSWALDO CRUZ
A farmácia Oswaldo Cruz foi fundada no dia 29
de junho de 1932 pelo Farmacêutico Hortêncio Mota, sendo depois, vendida para o
também farmacêutico e funcionário da farmácia, Edgar Rodrigues de Paula, em
1934. Desde então, pertence a família de Edgar há três gerações. A farmácia foi
a primeira em manipulação do Estado do Ceará e mantém seus padrões de qualidade
até hoje.
O prédio, localizado na rua Major Facundo, e
construído em 1890, correu risco de desaparecer, é que após a morte do
proprietário do prédio, Sr. Plácido Paiva, as irmãs do mesmo se tornaram as
locatárias do imóvel e chegaram a pedir três vezes mais pelo aluguel, que o
valor cobrado na época. A partir da impossibilidade de atender a tal solicitação
e a mercê de ver a farmácia desaparecer, a família, com o apoio do historiador
Miguel Nirez Azevedo, entrou com o pedido de tombamento.
Após um grande período de expectativa e
divergência de opinião, pois os representantes do Instituto de Arquitetos do
Brasil (IAB) e da Associação Nacional de História (ANPUH) núcleo Ceará,
aprovaram o tombamento somente do prédio, o que não impedia que outro
estabelecimento funcionasse no local. Dessa forma, membros do Conselho Municipal
de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural (COMPHIC), fizeram uma votação
entre os conselheiros e resolveram tombar não só o prédio, mas também todos os
bens integrados: equipamentos, utensílios, galeria, livros, prateleiras, piso e
todo material que faz parte da história da farmácia.
O tombamento foi efetivado no dia 10 de janeiro
de 2012 impossibilitando que a ambição destrua mais um pouco da memória do
Ceará. Atualmente é administrada pela herdeira Fátima Ciarlini e abriu uma
filial na cidade de Caucaia, onde atende a todos os padrões técnicos da
legislação vigente.
Endereço: Rua Major Facundo, 576 - Centro
(Praça do Ferreira)
Fone: (85) 3201-4760
Colaboração: Sr. José Aderson Tavares
(Funcionário da farmácia há 44 anos)
Fonte: Jornal Diário do Nordeste
Imagens: Arquivo pessoal
HOTEL EXCELSIOR
O prédio foi inaugurado em 31 de dezembro de
1931. Foi o primeiro “arranha-céu” da cidade com sete andares. Inspirado em um
edifício de Milão na Itália. Foi construído todo em alvenaria por Natali Rossi,
cunhado de Plácido de Carvalho e a decoração interna foi feita por Pierina
Rossi, esposa de Plácido. Ali já foi o sobrado do Comendador Machado, o Hotel
Central e o Café Riche.
O sobrado foi construído em 1825 pelo Comendador José Antonio "Machado". Foi comprado pelo comerciante Plácido de Carvalho em 1827 para ali construir o primeiro arranha-céu da cidade com 12 apartamentos de luxo, 38 apartamentos simples e 100 quartos.
Atualmente no prédio acontece o "NATAL DE LUZ", evento anual do CDL Fortaleza e está localizado na Praça do Ferreira.
Fonte: GuiaCE e outros
Imagens: Arquivo Nirez e arquivo pessoal
A edificação foi construída por órdem de D.
Pedro II, durante a grande seca de 1877, com o objetivo de criar frente de
trabalho para os retirantes. É portanto, uma unidade arquitetônica
representativa da história do povo de Barbalha, estando situado no local onde
anteriormente se realizava a “Festa do pau-da-bandeira de Santo Antônio”.
Como demais construções do gênero no país, a Casa de Câmara e Cadeia de Barbalha apresenta dois pavimentos, sendo o térreo dividido em seis celas distribuídas a partir de um corredor central. O pavimento superior, com acesso por escadaria externa, possui, além das salas, um amplo salão delimitado por arcada.
Segundo relatos dos antigos moradores da cidade de Barbalha, o edifício passou por reformas no início da década de trinta do século passado, quando lhe foram acrescentadas a platibanda e os balaústres nas aberturas da fachada.
Sua fachada principal possui aberturas em vergas retas, protegidas por balcões. O acesso ao pavimento térreo é marcado por colunas encimadas por frontão triangular. O coroamento da edificação é feito por cornija e platibanda, que apresenta no centro um suave ressalto, detonando um frontão em arco abatido.
Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n° 9.109 de 30 de julho de 1968.
CASARÕES HISTÓRICOS DO CEARÁ - CASARÃO DOS PINHO
Casarão dos Pinho foi construído por João Pinho
Pessoa, em 1850, na cidade de Viçosa do Ceará. Possui 186 portas e
janelas.
Tombado pelo IPHAN, o prédio é uma das atrações para quem visita a cidade.
Tombado pelo IPHAN, o prédio é uma das atrações para quem visita a cidade.
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