quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

BOAS LEMBRANÇAS...


BOAS LEMBRANÇAS...

Quixadá tem passado sim. Querem ver?
 Você viveu ou conhece alguém que é do tempo em que: A COBAL ficava quase em frente ao Terraço. Dos jogos de bola (cemitério, Handebol) no colégio Estadual, depois da aula, que as mães vinham nos apanhar com cinturão na mão? Ir à missa, domingo à noite, com intenção de dar mil voltas na Praça da Catedral? Comprar espelhos e quadros na loja A Favorita do Zé dos Santos, inclusive tudo para noivas.
Consertar joias e relógios no Paulo ourives. Fazer o curso de datilografia de Dona Minervina no Colégio Estadual... Ir à  Rádio Uirapuru, no planalto da Curicaca, (para dar um recado lá, o caboco secava as canelas) depois da polícia rodoviária para participar do programa Wanderley Barbosa, assistir o Programa do Amadeu Filho e ouvir as crônicas na voz do Ribamar Lima.
Acordar cedo para tirar a reaquisição no SANDU para o outro dia. Vendia-se "chegadim" de porta em porta (o "veinho" passava tocando o triângulo) O verdureiro ia de porta em porta montado no jumentinho e vendendo verduras frescas. Participar das novenas com a Ir. Odília; Na véspera do Natal esperar que o Parque Brasil, que ficava num terreno baldio ao lado da rodoviária, começasse a tocar suas músicas para ir rodar no espalha-brasa e esfolar a mão na corda das barcas.
No carnaval, ficar nas calçadas esperando os blocos passarem em direção ao Balneário somente para ver as fantasias... Amantes da Lua, Os Gatões, Cabeça Feita e por ai vai. Era chique mandar recados na radiadora do seu Adolfo. Ligação telefônica tinha que ir Ecetel, depois virou Teleceará, e a telefonista ouvindo tudo. Usar sapato Kixute (ou genérico, pq as coisas não eram fáceis) comprar uma calça faroeste ou USTOP nas Casas Pernambucanas era luxo! Tempo do Pirulito Zorro, Mentex, do Embaré, do picolé de Piper, que foi uma febre, dos pirulitos da Maria Angélica e principalmente dos cachimbinhos de açúcar vendidos na Escola da Dona Neemia.
Comer castanhola apanhada no chão escondido e apanhar da mãe em casa, porque não podia, e ela descobrir por causa dos dentes vermelhos. Estudar com a Dona Neuzinha e levar palmatoradas na mão, e dar graças a Deus, porque se fosse com a Francisca era reguada na cabeça. Ir assistir a missa do Pe. Zé Bezerra e ficar perguntando o que ele tava dizendo, e esperar a Ir. Rute para dar o catecismo...
Esperar os bêbados botarem buneco para que o camburão viesse buscá-los no maior furdunço que tinha, e ouvir de longe a rádio patrulha um fusquinha preto gritando de longe. Quem nunca levou uma carreira do Bom-legal, ou do Olho de Bila? E esperava a Tereza Doida tirar a roupa e correr no meio da rua, Sebastião Doido, o Zé do Saco, o Batoque pedir água gelada para lavar os pés e a roupa e estendê-las nos braços feito um gira-sol para secá-las.
Tinha o Almedinha que sabia a data de aniversário de todo mundo, e no dele queria o presente. E o Pé de Aço que limpava as fossas das casas.
Os bares de hoje não são mais os mesmos... Tinha o Cova da Onça, onde você tomava uma e cuspia no chão, comprava-se fumo de rolo por pedaço ou peça. Cabarés? Tinha demais, na Rua do Prado, no Gogó da Ema e na Rua da Bosta, então... Maria Augusta, a Zefa Gato, a Dena, a Cobal...
Tertúlias, vesperais e matinês no Comercial... Tem até um amigo nosso que participou de grandes shows de calouros, e foi para a inauguração da luz negra!
Estudar no Colégio das Irmãs, Colégio do Padre e no José Jucá...
Ir assistir aos filmes dos Trapalhões no Cine Iara (Ciniara) e no São José...
Esperar a Banda do Zé Pretinho tocar no coreto da praça...
Ir a Festa de São Francisco no Alto (era longe para quem morava no centro).
Ir a Inauguração da FECLESC ver o Governador no pingo do meio dia e ter uma insolação.
Marchar no 7 de setembro e ficar esperando a rabada (final do desfile) para mangar bem muito.
Inauguração da Rodoviária, da quadra do Estadual e do Ginásio Coberto...
Ouvir os carões e sermões do Pe. Vicente (tudo de bom)
Ir a Missa do galo pela pipoca.
Comprar os livros na FENAME, no Zé da Páscoa. E a Loja seu Osvaldo era só um cubículo, mas, ainda hoje, tem o cheiro de nossa infância, um cheiro bom que não encontramos em nenhum outro lugar do mundo.
Chupar picolés no Seu Nivaldo, até hoje, depois de o homem ter pisado na Lua, desvendar o DNA de várias espécies, inclusive a humana, ainda não se descobriu a fórmula do picolé de morango do Sr. Nivaldo.
Pegar o táxi do Zé Pilera.
Ir ao Cedro de Rural.
A exposição de gados no Putiú.
Estudar com Dona Júlia, Dona Valdinha, Ir. Odília, Dona Rosalva...
Passear na primeira linha de ônibus que fazia Alto, Centro e Gogó só pela putaria (era o Maximo).
E a Rua da Bosta era uma referência geográfica....
E dizem que Quixadá não tem memória...

Prof. Davi Nobre

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