domingo, 28 de abril de 2013

SIGAMOS O PASTOR - CRÔNICA PARA DOM ADÉLIO TOMASIM



SIGAMOS O PASTOR
João Eudes Costa
Desde que chegou a Quixadá, Dom Adélio tem trabalhado, incansavelmente, não apenas para criar estruturas que favoreçam o desenvolvimento espiritual, mas, também, visando o bem estar social do rebanho da Diocese, sob sua orientação.
Sentindo o grande problema das crianças pobres e a vexatória situação de seus pais, construiu uma creche, cujos tetos são os braços amigos que acolhem aqueles meninos, alimentando-os, dando-lhes toda assistência escolar de maneira que possam em futuro breve constituir uma comunidade consciente e capaz de lutar por melhores condições de vida.
Detectou, Dom Adélio, a precariedade do mercado de trabalho na região, especialmente na mão de obra não especializada. Construiu e fez funcionar a Escola de Artesanato, abrindo maiores perspectivas para os profissionais, beneficiando a sociedade de um modo geral, que se ressente de técnicos devidamente habilitados.
Um hospital dos mais modernos e maternidade bem aparelhada estão funcionando sob a orientação da Diocese, benefícios não só para Quixadá, mas para toda a região do Sertão Central. A Rádio Cultura já é uma realidade, sendo a voz que se levanta em defesa dos mais fracos e fortalece uma comunidade que, agora, pode falar mais alto de suas necessidades e de suas reivindicações.
Para abrigar a fé de nosso povo, construiu o Santuário de N. S. Imaculada do Sertão Central, que, além do templo do amor, pela sua singularidade, acabou se constituindo numa atração turística.
Com a ajuda de devotados amigos da cultura, fundou a FACULDADE RAINHA DO SERTÃO, com vários cursos, que hoje abriga centenas de estudantes não apenas do Sertão Central, mas das longínquas regiões do Nordeste, que, em Quixadá conseguem concluir um curso superior que os credenciam exercer uma profissão com dignidade e com conhecimentos científicos.
Dom Adélio cuidou das crianças capacitou os jovens, mas não se esqueceu dos idosos, para quem construiu um abrigo para acolhê-los, dando-lhes assistência material e espiritual e toda a grandeza do amor fraternal.
Estes e outros investimentos foram feitos com a inestimável ajuda dos que o seguiram na prática da caridade e do amor, inclusive de italianos, amigos de Dom Adélio, que também chegaram aqui dispostos a seguir os caminhos que nos ensinou Jesus.
Quem demonstra tanto zelo às nossas causas sociais. Quem, com desprendimento e visão, procura resolver os cruciantes problemas que afligem o povo, tem que merecer nosso carinho, admiração, reconhecimento e respeito. Este notável quixadaense, nascido além mar, não se envergonha de nossa carência. Com humildade, baixa a cabeça e adentra os casebres, onde a pobreza é respeitada e abraçada com afeto pelo grande pastor das ovelhas de Cristo.
Mais do que ninguém, Dom Adélio sabe das dificuldades do povo, especialmente das classes mais pobres, porque tem sido ali a sua área especial de trabalho.
Por todas as dificuldades que enfrentamos é que nos devemos unir na construção das importantes obras sociais. Isoladamente, jamais atingiremos qualquer objetivo. Sem a partilha que favorece a todos, nada construiremos e seremos, cada vez mais, dependentes e humilhados, pelos que vivem a tirar proveito de nossa miséria.
Os que criticam são, talvez, os que, aprisionados às suas avarezas, vivem isolados na ilha da ambição. Os que atiram pedras nos que cultivam frutos é porque querem destruir a árvore, cuja sombra, ao invés de os alegrar, envergonha a sua inércia e cobiça.
Os que lutam, trabalham e se dedicam às obras sociais, conhecem bem estes agressores. São Vicente de Paula, que também vivia a esmolar para manter suas obras de caridade, sofreu agressões. Dirigindo-se a um rico avarento, recebeu uma bofetada que lhe fez sangrar o rosto. Limpando o sangue que corria na face disse: “A minha esmola você já deu, agora oferte os donativos a meus pobres que ficarei eternamente grato”. O rico sovina não apenas deu a esmola, mas passou a ser o mais ardoroso seguidor vicentino.
Assim, também, Dom Adélio Tomasin, o grande benfeitor da região Centro do Estado, certamente não se abateu pela agressão e incompreensões dos que nada fazem. Chicoteado, agredido e injustamente, Dom Adélio com a humildade cristã dirá: “o meu corpo e minha imagem eu os entrego para o flagelo de sua ira. Quero, todavia, seu coração para caminhar comigo em busca da construção e manutenção de nossas queridas obras sociais”

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