domingo, 8 de setembro de 2013

Mais um prédio marcado para a demolição...



O vigário de Quixadá que sempre utilizava seu prestígio político e o de líder católico em benefícios de seus paroquianos e jamais o fez em benefício próprio, mais uma vez conclamou o povo para um importante empreendimento. Quixadá deveria construir um prédio para funcionamento de seu hospital e maternidade.
A parceria não foi difícil de ser concretizada, porque a população acreditava nos projetos do Pe. Luís, porque sempre foram elaborados e executados, atingindo o fim colimado.
O médico, Dr. Nelson de Andrade Sales, foi o primeiro profissional da área de saúde que apoiou a ideia do vigário em dotar Quixadá de um eficiente serviço hospitalar. Além de incentivar, participou das campanhas para angariar fundos para a construção do prédio, num movimento que envolveu toda a população. Até os distritos, por ocasião das missas festivas de seus padroeiros, promoviam leilões e outros eventos com o objetivo de ajudarem na construção do Hospital e Maternidade Jesus, Maria e José.
Dr. Nelson Sales abriu caminho para que outros dedicados médicos o seguissem na honrosa caminhada de dotar Quixadá de uma casa de saúde à altura de seu crescimento e progresso. O seguiram, os médicos: Anastácio Eudásio Barroso, José Maranhão Filho, José Everardo da Silveira, Rui Maia, Arlindo Simões, Ítalo Silveira, Antônio Moreira Magalhães e muitos outros que depois chegaram e, igualmente, deram importante contribuição, cooperando para que a Casa de Saúde da paróquia superasse as dificuldades e funcionasse para benefício de todos. Citá-los seria impossível porque vários médicos deram muito de si para que o Hospital e Maternidade Jesus, Maria e José permanecesse sempre a serviço do quixadaense, num anonimato que eleva a imagem do trabalho e dignifica o trabalhador.


De 12 de julho de 1953, data da inauguração, até os últimos dias de sua vida, o Pe. Luís Braga Rocha esteve à frente da Maternidade Jesus, Maria e José. O dinamismo do vigário não permitiu que, mesmo os indigentes, encontrassem fechadas as portas daquela tradicional e conceituada Casa de Saúde, por maiores que fossem as dificuldades.
Posteriormente Dom Adélio Tomasin construiu um novo Hospital Maternidade, pois constatou que as instalações primitivas não eram suficientes para atender a demanda que ali chegava. Com a transferência de local do Hospital Maternidade Jesus, Maria José, foi instalada no prédio antigo a cúria diocesana.
Foi com tristeza que o quixadaense assistiu o afastamento de Dom Adélio Tomasim de suas funções de pastor e benfeitor desse município, pois temia que o próximo bispo que aqui chegasse, não desse continuidade ao trabalho do anterior. E foi exatamente isso o que aconteceu. Enquanto Dom Adélio, com sua grande visão, conseguiu dar um grande impulso à nossa cidade, sem seque ter construído uma casa  para si, seu sucessor Dom Ângelo Pignolli, desde que aqui chegou está minando nosso patrimônio histórico, já tendo vendido muitos imóveis. O primeiro deles foi o prédio onde funcionava a Sociedade Quixadaense de Amparo à Criança Pobre, localizado na esquina em frente à Câmara Municipal, hoje um bloco de apartamentos. Vendeu um tereno adquirido por Dom Adélio, visando construir mais uma obra que beneficiasse nosso município. Há poucos dias vendeu, por R$ 1.200.000,00 um prédio histórico, no centro da cidade, construído pelos padres, que serviu de residência para o Pe. Luis Braga Rocha e com a chegada de nosso primeiro bispo, Dom Rufino, ficou sendo sua morada por muitos anos.
Agora, o próximo prédio marcado para ruir é o da antiga maternidade, pois nosso bispo Dom Ângelo já anda a procura de compradores. Consta que já tem empresário interessado , e brevemente podemos nos deparar apenas com os escombros do que antigamente foi algo tão importante para Quixadá. Enquanto isso estamos esperando uma prestação de contas que indique o emprego do dinheiro arrecadado com a venda de nossos prédios históricos..
Agora chegou a hora do valor do dízimo ser empregado diretamente no amparo das inúmeras famílias carentes de nossa comunidade, sem necessidade de passar pelas mãos de terceiros, pois as despesas pela manutenção da diocese já estão asseguradas com as vendas de nossos imóveis.

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