Escrito por Natália Pesciotta |
4 de outubro - dia mundial da anistia
Para Juscelino Kubitschek, um dos grandes inimigos do regime militar brasileiro, o exílio imposto pela ditadura foi um pouco além do comum. Logo após o golpe de 1964, ele teve seus direitos políticos cassados e viveu no exterior. Voltou três anos depois: “Não posso deixar de confessar que viver fora do País, sem saber quando será possível o regresso, é o castigo mais cruel imposto a um homem que só pensava no Brasil”. Mas poderia ser pior, sim. Quando voltou, JK foi expressamente proibido de pisar na capital que ergueu no centro do País. Até mesmo quando voava de Minas para Goiás e o monomotor precisou fazer um pouso de emergência, o avião não teve autorização da torre para descer em Brasília. O ex-presidente ficou sete anos sem ver a cidade. E só fez uma visita discreta, na cabine de um caminhão, porque um temporal interrompeu uma viagem que fazia nas proximidades. Tomou coragem e disse ao motorista: “Toque para Brasília”. Viu a praça dos Três Poderes, o Palácio da Alvorada e a catedral, que ainda não conhecia. Depois, contaria emocionado sobre o passeio ao jornalista Carlos Chagas: “Senti-me um súdito romano das Gálias que pela primeira vez visita Roma”. O artigo “Brasília não vê JK chorar” relatava a angústia. Quando Juscelino morreu, em um acidente automobilístico nunca esclarecido, estava com um recorte da publicação no bolso do paletó. Só mesmo morto, em 1976, desembarcou na capital federal. Repousou no cemitério Campo da Esperança até ser transportado ao Memorial JK, projetado por Oscar Niemeyer no ponto mais alto do Plano Piloto. Fonte: www.almanaquebrasil.com.br |
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Só morto JK desembarcou novamente em Brasília
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