quinta-feira, 22 de outubro de 2015

CURTUME BELÉM, uma grandeza do passado




Em um tour virtual pelo tempo, caminhando pela Rua da Palha, às margens da estrada de ferro, numa região que denominava-se Sítio Colonial, depara-se com um belo prédio em que a história de Quixadá, com os seus anos de ouro, passa necessariamente:
O Curtume Belém.
...
Pioneiro na industrialização em Quixadá, o Curtume Belém centralizou, durante alguns períodos, as principais manifestações sociais interferindo nas decisões políticas locais, dando uma nova dinâmica economia à sociedade de Quixadá nos anos de 50 e 60 marcando uma das principais fases da economia quixadaense.

Anteriormente, em Quixadá, havia o Curtume Quixadá Ltda, de uma família sírio-libanesa, fundado em 1937.

O Curtume Quixadá Ltda foi comprado em favor de "Capelo & Cia", no período de 1945 e, a partir de 1952, passa a pertencer a José Capelo Filho.

No período de 1958 o Curtume "Capelo & Cia" passou a se chamar "Curtume Belém Ltda
tendo seu apogeu em 1958, decaindo até os anos 1970.

A matéria prima que alimentava o curtume era o couro de boi abundante na região porque Quixadá e Quixeramobim eram grandes criadores de gado.

Existia uma pequena farmácia no prédio que também mantinha uma escolinha com merendas e material escolar dados pelo Curtume Belém.

Uma de suas atuações políticas foi o Clube do Balneário que foi fundado por José Capelo (Curtume Belém) às margens da parede do Açude Cedro, onde existia, também, uma Banda de Música, um conjunto formado por seis componentes para fazer as retrêtas da região.

Em sua parte social, um time de futebol e, através da doação de um terreno pelo Pe. Luiz Braga Rocha, foi fundada a Sociedade de Amparo a Criança Pobre de Quixadá.

O Cine Yara, que tanto nos trás recordações, foi construído pela iniciativa do industrial José Capelo, proprietário do Curtume Belém.

"O resgate da história do Curtume Belém será o primeiro passo para, entendermos as causas de seu fechamento, tentar, após minuciosa análise reconstruí-lo pelo menos na memória do povo:
Como uma experiência de industrialização pioneira em Quixadá.

Quem sabe, conhecendo a verdadeira história do Curtume Belém, algum empresário, jovem e destemido pudesse instalar um novo curtume em Quixadá. E isso, longe ele ser um retrocesso, seria a retomada do desenvolvimento, o reencontro de Quixadá com os seus anos de ouro.
Prof. Telmo Sidney, 27 de janeiro de 1996"

“Nossas lembranças permanecem coletivas, e elas nos são lembranças pelos outros, mesmo que se trate de acontecimentos nos quais só nós estivemos envolvidos, e com objetos que só nós vimos.

É porque, em realidade, nunca estamos sós. Não é necessário que outros homens estejam lá, que se distingam materialmente de nós: porque temos sempre conosco e em nós uma quantidade de pessoas que não se confundem!” (Maurice Halbwachs)

Texto: Cicero Costa

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