OS ÓCULOS DE RACHEL NÃO FORAM ROUBADOS.
Os
óculos são uma das marcas da escritora Rachel de Queiroz, assim como os de
Carlos Drumond de Andrade, Ferreira Gular e tantos outros. Imagina o Açude do
Cedro sem a Galinha Choca? Ficaria faltando algo, não? O que temos que perceber
é que não podemos ficar fuçando os óculos da estátua, pq mesmo sendo de bronze,
é uma peça delicadíssima. Para se ter uma ideia os óculos como peça separada
foram fundidos em molde de areia, único e exclusivo. Só serve para uma vez. Sei
que nosso povo (por falta de oportunidade, claro) ainda não tem hábito da
apreciação de obras de arte ao ar livre. A estátua de Rachel é um dos primeiros
passos nesse sentido. Bonito ver as pessoas sentando ao lado da estátua, tirando
fotos, sorrindo, tocando, acariciando a estátua, pegando nas mãozinhas e
sentindo as veias expostas da escritora, como se fosse os caminhos tortuosos do
sertão; outros tocam-lhes os pezinhos, beijam seu cabelo e testa.... Isso, sim,
é que comove. As pessoas se apropriando daquele que de fato é seu. Diferente do
que ocorre (infelizmente) com a estátua de Rachel, em Fortaleza, na Praça dos
Leões, ou com a estátua de Carlos Drumond de Andrade, em Copacabana, cujos os
óculos já foram roubados algumas vezes, em Quixadá, os óculos de Rachel não
foram roubados, ao contrário: foram guardados com carinho por uma moradora das
mediações do Memorial Rachel de Queiroz e depois devolvidos junto à Fundação
Cultural. Massa. Vai a estátua de Rachel - enquanto peça de arte - cumprindo sua
missão de provocar nas pessoas reflexões e sentimento de
pertença.
Clébio Ribeiro
Os
óculos são uma das marcas da escritora Rachel de Queiroz, assim como os de
Carlos Drumond de Andrade, Ferreira Gular e tantos outros. Imagina o Açude do
Cedro sem a Galinha Choca? Ficaria faltando algo, não? O que temos que perceber
é que não podemos ficar fuçando os óculos da estátua, pq mesmo sendo de bronze,
é uma peça delicadíssima. Para se ter uma ideia os óculos como peça separada
foram fundidos em molde de areia, único e exclusivo. Só serve para uma vez. Sei
que nosso povo (por falta de oportunidade, claro) ainda não tem hábito da
apreciação de obras de arte ao ar livre. A estátua de Rachel é um dos primeiros
passos nesse sentido. Bonito ver as pessoas sentando ao lado da estátua, tirando
fotos, sorrindo, tocando, acariciando a estátua, pegando nas mãozinhas e
sentindo as veias expostas da escritora, como se fosse os caminhos tortuosos do
sertão; outros tocam-lhes os pezinhos, beijam seu cabelo e testa.... Isso, sim,
é que comove. As pessoas se apropriando daquele que de fato é seu. Diferente do
que ocorre (infelizmente) com a estátua de Rachel, em Fortaleza, na Praça dos
Leões, ou com a estátua de Carlos Drumond de Andrade, em Copacabana, cujos os
óculos já foram roubados algumas vezes, em Quixadá, os óculos de Rachel não
foram roubados, ao contrário: foram guardados com carinho por uma moradora das
mediações do Memorial Rachel de Queiroz e depois devolvidos junto à Fundação
Cultural. Massa. Vai a estátua de Rachel - enquanto peça de arte - cumprindo sua
missão de provocar nas pessoas reflexões e sentimento de
pertença.
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