Momentos históricos
Em 1817, os cearenses, liderados pela família Alencar, apoiaram a Revolução
Pernambucana. O movimento, que se restringiu ao município do Cariri,
especialmente na cidade do Crato, foi rapidamente sufocado.
Em 1824, após a independência, foi a vez dos cearenses das cidades do Crato,
Icó e Quixeramobim demonstrarem sua insatisfação com o governo imperial. Assim
eles aderiram aos revoltosos pernambucanos na Confederação do Equador.
No século XIX, vários fatos marcaram a história do Ceará, como o fim da
escravidão no Estado, em 25 de março de 1884, antes da Lei Áurea, assinada em
1888. O Ceará foi portanto o primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão.
Um cearense se destacou nessa época: o jangadeiro Francisco José do Nascimento
que se recusou a transportar escravos em sua jangada. José do Nascimento ficou
conhecido como Dragão do Mar (atualmente nome de um centro cultural em
Fortaleza).
Entre 1896 e 1912, o comendador Antônio Pinto Nogueira Accioly governou o
Estado de forma autoritária e monolítica. Seu mandato ficou conhecido como a
“Política Aciolina” que deu início ao surgimento de diversos movimentos
messiânicos, alguns deles liderados por Antônio Conselheiro, Padre Ibiapina,
Padre Cícero e o beato Zé Lourenço. Os movimentos foram uma forma que a
população encontrou de fugir da miséria a qual se encontrava a região. Foi
também nessa época que surgiu o movimento do cangaço, liderado por Lampião.
Nos anos 30, cerca de 3 mil pessoas se reuniram, sob a liderança do beato Zé
Lourenço, na região no sítio Baixa Danta, em Juazeiro do Norte. O sítio
prosperou e desagradou a elite cearense. Em setembro de 1936, a comunidade foi
dispersa e o sítio incendiado e bombardeado. O beato e seus seguidores rumaram
para uma nova comunidade. Alguns moradores resolveram se vingar e preparam uma
emboscada, que culminou num verdadeiro massacre. O episódio ficou conhecido como
“Caldeirão”.
Nos anos 40, com a Segunda Guerra Mundial, foi montado uma base
norte-americana no Ceará mudando os costumes da população, que passou a realizar
diversos manifestos contra o nazismo. Também na mesma década, o governo, afim de
estimular a migração dos sertanejos para a Amazônia realizou uma intensa
propaganda. Esse contingente formou o “Exército da Borracha”, que trabalharam na
exploração do látex das seringüeiras. Milhares de cearenses migraram para o
Norte e acabaram morrendo no combate entre Estados Unidos e Aliados com os
exércitos do Eixo, sem os seringais da Ásia para abastecê-los.
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