Escrito por Mariana Proença |
Apesar de decreto do governo, o carnaval foi comemorado intensamente em 1912.
Com a morte do barão / Tivemos dois carnavá. / Ai que bom, ai que gostoso / Se morresse o marechá, publicou o jornal carioca A Noite, em 8 de abril de 1912. Tratava-se do Barão do Rio Branco, que morreu em fevereiro daquele ano. O governo decretou luto e adiou o carnaval para dois meses depois. A decisão desagradou os foliões, falou-se até em revolução, com ligas pró-Momo. O decreto teve efeito contrário: o povo festejou duplamente, em fevereiro e abril. O diplomata abolicionista ganhou homenagens. A capital do Acre, que ele como chanceler incorporou ao território brasileiro, ganhou seu nome; assim como a Avenida Central do Rio, por onde passaram duas vezes os foliões naquele ano. O jeitinho brasileiro não poderia ter mais a ver com outra pessoa que não o Barão. Para Rio Branco, só havia duas coisas bem organizadas no País: "a desordem e o carnaval". Fonte: www.almanaquebrasil.com.br |
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
O ano em que o Brasil teve dois carnavais
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