A maioria das praças do Centro de Fortaleza não
é conhecida pelo nome oficial. Com o tempo, a população preferiu adotar
denominação que dialogam mais com a realidade do dia a dia de cada lugar.
Conheça um pouco da história de 15 praças do
bairro e teste seus conhecimentos.
Praça dos
Mártires
Antigo Campo de Pólvora, o logradouro foi palco
da Confederação do Equador, movimento surgido em 1824 no Pernambuco que
pretendia implantar um regime republicano no Nordeste. Na praça, em 1825, foram
fuzilados, cinco heróis da revolução, entre eles o Padre Mororó. Em 1879 passa a
se chamar Praça dos Mártires, em homenagem aos mortos. No mesmo ano, o
negociante português Tito da Rocha cria o verdadeiro Passeio Público em 1880. O
local era muito visitado pela sociedade de Fortaleza e possuía três patamares,
com o objetivo de separar a elite, a classe média e os pobres.
Praça Dom
Pedro II
Consta que foi a primeira praça oficial de Fortaleza, na planta enviada a Lisboa em 1726. Chamava-se Praça do Conselho, local onde existia o pelourinho. Em 1932, passa a se chamar Praça da Sé, por estar em frente à antiga Igreja da Sé, hoje Catedral Metropolitana de Fortaleza. Atualmente, à praça é chamada Dom Pedro II, em homenagem ao imperador do Brasil, inclusive com a confecção de uma estátua de bronze. Em 2004, foi inaugurada uma escultura-fonte intitulada Fonte Cinética.
Praça General
Tibúrcio
As origens datam de 1842. Já foi chamada Largo do Palácio, Praça do Palácio e Pátio do Palácio (1856) por sua proximidade com o Palácio da Luz, que era sede do Governo do Provincial. Em 1887, recebe o nome de General Tibúrcio. São coletadas contribuições para erguer a primeira estátua de Fortaleza em 1888, em homenagem ao general.
Parque da
Liberdade
Em 1890, era chamada Lagoa do Garrote, local do descanso de viajantes que vinham do interior. Foi inaugurada em 1909, com nome de Parque da Liberdade, em homenagem à Abolição da Escravatura. Em 1938 sofreu reformas recebendo o nome de Cidade da Criança. No ano de 1951, foi criado pela primeira vez um mini zoológico.
Praça Murilo
Borges
A Praça Murilo Borges foi inaugurada em 14 de março de 1983. No local existe o busto do homenageado. Atualmente o local serve de espaço para eventos, shows e apresentações artísticas do atual Centro Cultural do Banco do Nordeste.
Praça Waldemar
Falcão
Em 1817, era chamada Praça da Carolina, em homenagem a arquiduquesa Maria Carolina Leopoldina, imperatriz do Brasil. Também recebeu os nomes de Praça da Assembléia (1871), Praça do Mercado, Praça José de Alencar (1881) e Capistrano de Abreu (1929). A Praça Waldemar Falcão foi criada em 1960, entre os prédios Palácio do Comércio e Banco do Brasil.
Praça dos
Voluntários
Foi batizada de Largo dos Voluntários da Pátria para homenagear os cearenses que participaram da Guerra do Paraguai em 1865. A atual denominação foi criada em 31 de dezembro de 1932 e está localizada em frente a sede da delegacia-geral da Polícia Civil. No dia 1º de maio de 1941 recebeu o busto do presidente Getúlio Vargas.
Praça
Capistrano de Abreu
A denominação de Praça da Lagoinha deve-se ao fato da existência, antes de 1859, de uma lagoa no local. Ao longo dos anos passou por algumas denominações, até que, em 1965, passa oficialmente a ser chamada de Capistrano de Abreu. A praça era bastante visitada pela sociedade cearense nas décadas de 1930 a 1950.
Praça Castro
Carreira
O local serviu de ponto de treinamento militar e prática hipismo. Ao oeste estavam localizados os primeiros cemitérios de Fortaleza; São Casimiro e dos ingleses. Desativados os cemitérios, o local, em 1830, passa a ser chamado de Campo da Amélia em homenagem a imperatriz Dona Amélia de Leuchtenberg. A grande festa da abolição dos escravos no Ceará foi nela realizada em 25 de março de 1884. Em 03 de dezembro de 1932, foi criada Praça Castro Carreira. No ano de 1991, foi reformada e adaptada para funcionar um terminal de ônibus que modificou completamente a paisagem.
Parque Pajeú
Criado em 1982, fruto da urbanização das margens do riacho Pajeú, tem uma área de aproximadamente, 23 mil m2, A partir de 1997, artistas plásticos cearenses transformaram o local em uma grande área de exposição permanente de esculturas e, por isso, também é chamado Parque das Esculturas.
Praça Figueira de Melo
Em meados do século XIX, era conhecida como Praça dos Educandos, por causa da existência do Colégio dos Educandos, que, depois, dá lugar ao Colégio da Imaculada Conceição. Em 1879, o nome muda para Praça Senador Figueira de Melo.
Praça Clóvis Beviláqua
Por volta de 1870, era denominada praça Visconde de Pelotas, uma homenagem ao herói da Guerra do Paraguai. Depois, recebeu o nome de Praça do Encanamento, pois é onde foi instalado o primeiro sistema de abastecimento d'água domiciliar. No ano de 1930, recebeu o nome de Praça da Bandeira. Em 10 de julho de 1959, passa se chamar Praça Clóvis Beviláqua.
Praça da Vitória
A Praça da Vitória e o monumento ao soldado foram inaugurados em 08 de maio de 2001 pelo Exército Brasileiro, em homenagem aos ex-combatentes que tombaram na II Frande Guerra Mundial. A praça está localizada ao lado do Forte de Nossa Senhora da Assunção, atual 10ª Região Militar Martim Soares Moreno.
Praça José de Alencar
Antes de 1870, era a antiga praça do Patrocínio quando passou a ser chamada de Marquês do Herval, em homenagem ao General Manuel Luís Osório (1803-1879). Passa a chamar-se praça José de Alencar a partir das comemorações do centenário de nascimento do romancista José de Alencar, em 1929, sendo reformada em 1930.
Praça do Ferreira
É o centro vital da cidade. Em meados do século XIX era um enorme largo que se chamava Feira Nova, pois ali funcionavam as feiras semanais. O logradouro passou por várias denominações: Praça das Trincheiras, Dom Pedro II, entre outros. Em 1871, passa a se chamar Praça do Ferreira em homenagem ao Boticário Antônio Ferreira (1801-1859), natural de Niterói. A Praça do Ferreira com seus cafés - Java, Comércio, Elegante e Iracema; era o principal ponto de reunião da cidade, sendo inclusive, palco do movimento literário Padaria Espiritual, em 1892. Ao longo de sua história, passou por várias reformas.
Você conhece o nome das praças do Centro de
Fortaleza? Tente ligar o nome popular ao nome oficial.
Passeio Público
Parque da Liberdade
Praça da Sé
Praça Waldemar Falcão
Praça dos Leões
Parque Pajeú
Cidade da Criança
Praça Dom Pedro II
Praça do BNB Praça General
Tibúrcio
Praça do Banco do Brasil Praça Castro
Correia
Praça da Polícia Civil Praça Murilo
Borges
Praça da Lagoinha Praça dos
Voluntários
Praça das Esculturas Praça dos
Mártires
Praça da Estação Praça
Capistrano de Abreu
Praça da Escola
Normal Praça Figueira de Melo
Praça da Bandeira
Praça da Vitória
Praça do Soldado
Praça Clóvis Beviláqua
Resposta: Passeio Público: Praça
dos Mártires. Praça da Sé: Praça Dom Pedro II. Praça dos
Leões: Praça General Tibúrcio.
Cidade da Criança: Parque da
Liberdade. Praça do
BNB: Praça Murilo
Borges. Praça do Banco do Brasil: Praça Waldemar Falcão. Praça da Polícia
Civil: Praça dos
Voluntários. Praça da Lagoinha: Praça Capistrano de Abreu.
Praça da Estação: Praça Castro Correia. Parque das Esculturas/Praça da CDL: Parque
Pajeú. Praça da Escola
Normal: Praça Figueira de Melo. Praça da
Bandeira: Praça Clóvis
Beviláqua. Praça do Soldado: Praça da Vitória.
A maioria das
praças do Centro faz homenagem a importantes figuras da
história brasileira. Conheça um pouco a biografia de cada um.
Dom Pedro II
Nascido 1825, foi o
segundo e último imperador do Brasil, tendo reinado no País durante 58 anos. O
pai dele, Dom Pedro I, abdicou quando o filho tinha apenas cinco anos de idade.
Pedro II assumiu o trono com apenas 15 anos, depois de uma intensa disputa
política sobre a antecipação da maioridade dele. A praça que o homenageia é
popularmente chamada Praça da Sé.
General Tibúrcio
Nascido em 1837, na
cidade de Viçosa do Ceará,. Antônio Tibúrcio Ferreira de Sousa foi um dos heróis
da Guerra do Paraguai. Em 08 de abril de 1888, três anos após a morte dele, foi
erguida a primeira estátua de Fortaleza, em homenagem ao general e confeccionada
a partir de doações. O professor Régis Lopes informa que o nome oficial da praça
que homenageia o general era muito utilizado no começo, mas foi caindo em desuso
devido a perda de força da Guerra do Paraguai no imaginário popular e hoje o
espaço é comumente chamado de Praça dos Leões.
Capistrano de Abreu
O cearense João
Capistrano Honório de Abreu é considerado um dos maiores historiadores
brasileiros. "Foi o historiador que, pela primeira vez, colocou o povo na
história do Brasil. E é desconhecido por esse mesmo povo", comenta o professor
Régis Lopes. Uma estátua foi erguida no local em homenagem a chamada Praça da
Lagoinha, ao centenário de nascimento dele, em 1953. O contrassenso é que ele
era avesso a heróis e tinha horror a estátuas.
Clóvis Beviláqua
Clóvis Beviláqua
(1859-1944) foi jurista, legislador, professor e historiador brasileiro. É autor
do projeto do Código Civil brasileiro, de 1900, entre outras obras importantes
na área do Direito. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Ocupando a cadeira nº 14. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico. Dá
nome à conhecida Praça da Bandeira.
Castro Carreira
Natural de Aracati.
Liberato de Castro Carreira (1820-1903), foi médico e primeiro anestesista da
Santa Casa de Misericórdia. Foi senador do império do Brasil de 1882 a 1889. É o
nome oficial da Praça da Estação.
Murilo Borges
O general de
brigada Murilo Borges Moreira (1913-1982, foi militar do exército e ocupou
vários cargos importantes, tendo sido prefeito de Fortaleza no período de 1963 a
1967. Também foi diretor presidente do banco do Nordeste do Brasil (BNB) entre
1968 a 1978 e assessor especial do governador Virgílio Távora. Nomeia a popular
Praça do BNB.
Figueira de Melo
O advogado e juiz
Jerônimo Martiniano Figueira de Melo (1809-1878), nascido em Sobral, integrou a
primeira turma a Escola de Direito de Olinda e era um abolicionista. Foi
deputado e senador por Pernambuco e Ceará e publicou quatro livros. Em 1873, foi
nomeado membro do Supremo Tribunal de Justiça. Nomeia a Praça da Escola
Normal.
Waldemar Falcão
Waldemar Cromwell do Rego Falcão (1895-1945) é
natural da Baturité. Foi bacharel em Direito, professor, político (deputado,
senador, ministro), tendo assumido vários cargos importantes no Brasil durante
sua carreira. A praça que o homenageia é popularmente conhecida por Praça do
Banco do Brasil.
As praças são dos mais ricos espaços de convivência
da cidade. Nelas é possível bater papo
com os amigos, sentar para descansar, assistir a apresentações artísticas
ou, simplesmente, viver o local de
passagem.
Fonte: Jornal O
POVO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita, indique aos amigos.