
Refrigerantes? Só aos
domingos e olhe lá!... Maçã? Quando o pai viajava prá São Paulo, ou a gente
estava doente.
Presentes? Apenas um no Natal, quando as coisas iam bem. E
nos aniversários, quando também um padrinho lembrava de nós!... Sapato? Para ir
á escola, ou às missas de domingo!... Bola? De meia, de bexiga de porco e,
quando convidados por filhinhos de papai, uma sonhada bola de tento, de
capotão!... Roupas? As "de bater" e aquela para dias especiais!... Comidas?
Aquelas que cabiam em nossos parcos orçamentos!... Casas? De chã batido, de
tábuas, tijolos e de quartos, cozinha, sala e banheiro!...
Férias? Não
faziam parte de nossas vidas!... Estudos? Escola de 1º grau e, quase sempre
só!... Profissões? Cada um buscava seu espaço, como aprendiz de costura,
mecânica, comércio, escritório! Apenas uns poucos iam além do Grupo Escolar. Os
ricos...
As meninas? Aprendiam em casa, lavar, passar, cozinhar,
tricotar... Quando crianças, brincar com bonecas de pano, casinhas de mentira e
sonhar com príncipes, castelos e reinos encantados.
Esse era o mundo, a
vidinha simples da maioria das pessoas de meus velhos tempos! Gente triste?
Descontente?... Revoltada? Infeliz? Nada disso. Éramos felizes e não
sabíamos!... O progresso foi chegando, mas, sem acrescentar muita coisa em
nossas vidas.
É verdade que, aparentemente, fomos beneficiados por ele.
Mas, as crianças de hoje, são por acaso, mais alegres que as de ontem? Vivem
melhor?
E os homens? São mais confiantes, tranqüilos, seguros? Eu não
acho!
E você, meu leitor? Não sente saudade enorme de seus velhos tempos?
De sua infância, de sua juventude? Ah! Aquela amoreira que deixava roxa a boca
da
gente!...
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita, indique aos amigos.