Por Gabriel Felix – CicloVivo
Foto: PamLink/Flickr/Creative
Commons
Listamos
os animais mais ameaçadores encontrados no litoral e os cuidados para não sofrer
nas férias
A
maioria das pessoas que aproveita o verão para curtir a praia nem se dá conta
das ameaças
encontradas na beira do mar. Entre
conchas, estrelas do mar e mariscos, algumas espécies podem causar incômodos
para os banhistas, que nem sempre percebem a presença destes bichos. Além disso,
as temperaturas altas do verão, o aquecimento global e o lixo jogado nas praias
são fatores que aumentam a frequência dos ataques com os banhistas.
Muita
gente acha que o litoral brasileiro não possui animais venenosos, ou que as
ameaças só aparecem nas águas profundas. Com ajuda da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, listamos os quatro animais mais ameaçadores encontrados nas praias
brasileiras e os cuidados necessários para não sofrer durante as
férias.
Foto: Blip/Flickr
Ouriço
do mar
O animal cheio de espinhos tem formato esférico e pode ser encontrado em todo o litoral brasileiro. É o animal que mais causa acidentes com humanos nas praias, e costuma viver em cima de rochas, nos costões, entre pedras ou na areia, sobretudo nas águas mais rasas.
O animal cheio de espinhos tem formato esférico e pode ser encontrado em todo o litoral brasileiro. É o animal que mais causa acidentes com humanos nas praias, e costuma viver em cima de rochas, nos costões, entre pedras ou na areia, sobretudo nas águas mais rasas.
Ao
pisar ou esbarrar num ouriço do mar, os espinhos do animal são liberados na
pele, podendo causar dor intensa, principalmente se os espinhos penetrarem
profundamente, quebrarem dentro do corpo, ou, ainda, liberarem substâncias
irritantes, produzidas por algumas espécies que inoculam veneno.
Quem
for atingido por um ouriço do mar precisa retirar os espinhos do corpo e fazer
banhos ou compressas quentes para amenizar a dor. É essencial procurar ajuda
médica, não só para diminuir o incômodo, mas também para evitar
infecções.
Foto: designwalla/Flickr
Caravela-portuguesa
As caravelas-portuguesas são cnidários que flutuam na água no mar e aparecem nas praias, sendo uma das ameaças mais comuns para os banhistas. O animal tem corpo gelatinoso, se parece com uma bexiga e suas cores variam entre o lilás e o roxo, e não são raras as vezes em que as caravelas são encontradas na areia da praia.
As caravelas-portuguesas são cnidários que flutuam na água no mar e aparecem nas praias, sendo uma das ameaças mais comuns para os banhistas. O animal tem corpo gelatinoso, se parece com uma bexiga e suas cores variam entre o lilás e o roxo, e não são raras as vezes em que as caravelas são encontradas na areia da praia.
Os
tentáculos da caravela são urticantes e se aderem à pele, chegando a causar
graves lesões, que trazem irritação forte e dor intensa – nos casos mais graves,
o quadro de sintomas varia entre náuseas, vômitos e até convulsões e arritmia
cardíaca.
A
principal recomendação é evitar o contato com estes animais, se afastando das
praias e regiões em que em que uma ou mais caravelas foram observadas. Quem for
atacado deve proteger as mãos para remover os tentáculos, com a ajuda de uma
pinça, e aplicar compressas de água do mar gelada ou vinagre. A área atingida
não deve receber água doce, álcool ou urina, e a ajuda médica é
indispensável.
Foto: YaelBerri/Flickr
Água
viva
As águas vivas são animais gelatinosos, que nadam em grupo pelo mar e nas praias, e nem sempre são visíveis para os banhistas e mergulhadores. Grande parte das águas vivas encontradas no Brasil é pequena e inofensiva, mas, todo cuidado é pouco perto destes animais, pois seus tentáculos também reservam substâncias urticantes, assim como as encontradas nas caravelas.
As águas vivas são animais gelatinosos, que nadam em grupo pelo mar e nas praias, e nem sempre são visíveis para os banhistas e mergulhadores. Grande parte das águas vivas encontradas no Brasil é pequena e inofensiva, mas, todo cuidado é pouco perto destes animais, pois seus tentáculos também reservam substâncias urticantes, assim como as encontradas nas caravelas.
O
contato com as águas vivas pode ocasionar diversas reações no organismo – desde
pequenas irritações na pele, sem fortes dores, até lesões violentas que podem
ocasionar necroses. Estudos apontam que o aquecimento global e a poluição dos
oceanos têm impacto direto no aumento da população de águas-vivas no mundo todo,
inclusive no número de incidentes com banhistas.
As
pessoas atingidas pelas águas vivas devem tomar os mesmos cuidados de quem foi
atacado pela caravela.
Foto: BFS
Man/Flickr
Bagre
O bagre é o peixe que mais causa acidente no litoral brasileiro, pois, além de ser encontrado em grande número, prefere as águas rasas e o ambiente das praias. Os bagres são atraídos pelos restos de alimentos deixados na beira do mar e a maioria dos acidentes acontece a partir do contato direto com os banhistas.
O bagre é o peixe que mais causa acidente no litoral brasileiro, pois, além de ser encontrado em grande número, prefere as águas rasas e o ambiente das praias. Os bagres são atraídos pelos restos de alimentos deixados na beira do mar e a maioria dos acidentes acontece a partir do contato direto com os banhistas.
Estes
peixes possuem quatro barbilhões ao redor da boca e três espinhos serrilhados
pelo corpo. Dificilmente vão causar náusea e vômitos, mas os bagres causam dor
forte por até seis horas e podem ocasionar necroses, se as pessoas atingidas não
forem devidamente tratadas. Assim, todo cuidado é pouco durante o banho de mar e
na hora de caminhar na beira. Também não vale a pena tocar em nenhum peixe morto
encontrado na praia e nem manusear o bagre em peixarias.
As
pessoas que se acidentarem com o bagre devem procurar a ajuda de um médico
imediatamente – o único remédio natural para o ferimento é uma compressa com
água quente na parte atingida, por até 90 minutos.
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