segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A “pílula do dia seguinte” realmente funciona?

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Métodos contraceptivos reduzem de maneira significativa a chance de a mulher engravidar. Temos vários à disposição no Brasil, como os preservativos (as famosas camisinhas), pílulas anticoncepcionais, as injeções contraceptivas entre outros.
Mas ainda assim, existem pessoas que não se previnem adequadamente. Ou então, falhas podem acontecer, como por exemplo, quando a camisinha “estoura”. O que fazer numa situação dessas para que não ocorra a gravidez?
O que muita gente não sabe é que o esperma pode permanecer no corpo da mulher por três a cinco dias, ou seja, não é só no momento da relação que pode haver o risco de engravidar, mas se uma mulher teve relação sexual sem se proteger três dias antes da ovulação, existe uma grande chance dela engravidar.
Para tais casos, existe o que chamamos popularmente de “pílula do dia seguinte” que surgiu no Brasil em 1999. O Levonorgestrel contém uma forma sintética de progesterona em alta dose (sendo que os comprimidos normais anticoncepcionais apresentam dosagem menor). Altas doses de progesterona interrompem o ciclo evitando que a fertilização ou a implantação do embrião aconteça.
É importante utilizar a pílula o quanto antes após uma relação sexual sem proteção. Caso o óvulo fertilizado já tenha sido implantado, a pílula não terá efeito.
Existe a polêmica de que a “pílula do dia seguinte é abortiva”, mas segundo o ginecologista Luciano Melo Pompei, membro da diretoria da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), garante que ela não é. “Não basta haver fecundação para que ocorra a gravidez. No meio científico, só consideramos que há gestação a partir do momento em que existe a nidação [quando o embrião adere ao útero]. Essas pílulas agem antes da nidação e jamais provocam a perda do embrião se ele já tiver aderido.”
O médico lembra que elas só devem ser utilizadas em situações de emergência, e não indiscriminadamente. “Além de sua eficácia não ser a mesma da pílula comum, pode levar a irregularidades menstruais.” Ou seja, quanto antes ela for tomada, seu efeito é mais eficaz. A recomendação dos médicos é que seja ingerida até 72 horas depois da relação sexual.
Assim, a pílula não é 100% eficaz (estudos clínicos apontam uma eficácia de 89%) e o procedimento correto é evitar a gravidez das maneiras disponíveis no mercado nacional para não precisar recorrer à pílula do dia seguinte, somente em casos extremos.
Fontes: HSW International e Medplan

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