sexta-feira, 9 de maio de 2014

Navegando barquinhos de papel

Bruno PaulinoMembro da Academia Quixadaense de Letras. Autor dos livros “Lá nas Marinheiras e outras crônicas” (Imprece, 2012) e “A Menina da Chuva” (Premius, 2013)


Navegando barquinhos de papel
"Quando, pelo peso dos anos, não conseguir correr em busca do amor, diminua a velocidade mas prossiga" é com essa frase do escritor João Eudes Costa, que me pego pensando sobre as travessias do tempo e a nossa capacidade de amar, expressar sentimento, ser gente linda, cantar e sonhar.
É claro que quando ficamos mais velhos, aquela euforia dos sentimentos e das paixões diminuem, e se a desilusão não nós ganhar por inteiro, o nosso espírito fica mais sereno, leve, e a gente descobre o momento certo de colher os frutos do amor.
Creio mesmo que devagarzinho a gente aprende a amar, devagarzinho é fácil demonstrar sem traumas o sentimento, essa recíproca é absolutamente verdadeira, pois devagarzinho também é que a gente se deixa ser amado em plenitude.
Enfim, o amor de verdade é mansidão de rio que corre parado, movimento e inquietação permanentes, e correndo macio, o rio não deixa de ser grandioso, fica apenas mais navegável, inclusive por barquinhos de papel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita, indique aos amigos.