sábado, 27 de dezembro de 2014

Retrospectiva SUPER 2014: 10 momentos que entraram para a história

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Parece que faz 10 anos que 2014 começou. Tanto que já ficou meio difícil separar o que aconteceu no primeiro semestre do que rolou no fim de 2013. Mas uma coisa é certa: teve Copa. Teve eleição também. E teve tragédia, morte, desastre, guerra, crise. Caso você seja desses que não se lembra direito nem do que comeu no almoço, a gente ajuda a refrescar sua memória. Aqui estão alguns dos acontecimentos de 2014 que certamente estarão nos livros de história daqui a alguns anos.
1. A Copa das Copas
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Se o país já para numa Copa do Mundo normal, já dava pra saber o que aconteceria quando o evento rolasse aqui no Brasil. Foi quase um Carnaval 2.0. No início, muita gente duvidou. Teremos hotéis suficientes? Nossa infraestrutura de transporte urbano vai aguentar? Os aeroportos suportarão a quantidade de visitantes? O setor de serviços saberá receber os turistas? Afinal, vai ter Copa? Teve Copa. Teve muita Copa. Mesmo com um deslize aqui, outro ali (inclusive alguns da nossa Seleção, nos gramados), o país sediou “A Copa das Copas”. Não podia ser diferente, afinal, respiramos futebol. A competição contou com seleções de 32 nações, que jogaram em 12 cidades-sede por todo o país. A Alemanha venceu a competição, consagrando-se tetracampeã mundial. A imprensa internacional elogiou a organização e aeroportos chegaram a registrar índices de atrasos inferiores às médias européias. Mas, infelizmente, o Brasil não passou das semi-finais, em uma derrota histórica por 7×1, para a campeã Alemanha. Mas isso, com certeza, você ainda não esqueceu, né?
2. Eleições em tempos de Facebook
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Em 2014, muitos laços se estremeceram, muitas amizades foram desfeitas no Facebook. O motivo das divergências? As eleições. A internet, as mesas de bar e as conversas na fila do ponto foram dominadas pelos presidenciáveis e não teve como não se envolver no assunto. No início das campanhas, a morte de Eduardo Campos, candidato pelo PSB, impulsionou a candidatura de Marina Silva, que assumiu seu lugar. Às vésperas do primeiro turno, o tucano Aécio Neves subiu nas pesquisas e foi para o segundo turno com a atual presidenta Dilma Rousself. No segundo turno, campanhas foram marcadas por ataques mútuos entre os dois presidenciáveis. Mesmo com o apoio de Marina e outros candidatos a Aécio Neves, Dilma Rousself foi reeleita presidenta do Brasil, com 51,64% dos votos. Essa foi a disputa mais acirrada desde 1989, quando o país voltou a ter eleições diretas.
3. A volta do vírus
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O ano contou com o mais mortal surto de Ebola desde a descoberta da doença. A epidemia teve início no sul da Guiné, na África Ocidental. Emile Ouamouno, de dois anos, faleceu em dezembro de 2013, em razão da doença. Poucos dias depois, morreram com os mesmos sintomas sua irmã Philomene, de 3 anos, e sua mãe, Sia, que estava grávida. A doença rapidamente se espalhou pelo vilarejo de Meliandou, o que foi facilitado pelos rituais de preparação dos mortos, nos quais os corpos são lavados, tocados e até beijados pelos parentes. Esse foi o início de um surto que já matou mais de 5.000 pessoas em apenas um ano. A grande maioria das vítimas está na África, mas o vírus atingiu médicos de vários países de fora do continente. Muitos eram voluntários no atendimento aos doentes.

4. Brasil sai do Mapa Mundial da Fome da ONU
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De acordo com o relatório O Estado de Insegurança Alimentícia no Mundo, apresentado em setembro pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês), caiu em 82% a população em situação de subalimentação no Brasil, entre 2002 e 2013. O levantamento destaca ainda que a taxa de desnutrição no país caiu de 10,7% para menos de 5% desde 2003. Assim, o Brasil sai do Mapa Mundial da Fome e atinge um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que as Nações Unidas estabeleceram até o ano de 2015. Mas, por algum motivo, em plena campanha eleitoral, a notícia não bombou muito.

5. Um ano ruim para voar
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No dia 8 de março, o Boeing 777-200 da Malaysia Airlines partiu de Kuala Lumpur, na Malásia, rumo a Pequim. Após duas horas, a companhia aérea e as autoridades perderam contato com o voo e, até hoje, pouco se sabe sobre o que aconteceu. O avião e seus 239 ocupantes nunca foram encontrados, e não há indícios do que causou o desaparecimento. As informações obtidas indicam que todas as pessoas a bordo ficaram inconscientes pela falta de oxigênio e o avião voou até ficar sem combustível e cair no mar.
Quatro meses depois, em 17 de julho, outro avião da Malaysia Airlines virou notícia: um Boeing 777, que partiu de Amsterdã com destino a Kuala Lumpur, na Malásia, foi abatido por um míssil terra-ar ao leste da Ucrânia. 283 passageiros e 15 tripulantes morreram.

6. Polêmica no Vaticano
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Em 2014, a Igreja Católica enfrentou um de seus maiores tabus: pedofilia envolvendo seus sacerdotes. No dia 7 de julho, o Papa presidiu uma missa com a presença de seis vítimas de abusos sexuais por membros do clero. Após a celebração, conversou com cada um deles separadamente. O encontro fez parte do anúncio oficial de medidas que vinham sendo tomadas pelo Vaticano desde 2013 nesse sentido. No início do ano, sacerdotes já haviam sido afastados de seus cargos e, em setembro, o Papa Francisco ordenou a primeira prisão de um membro do alto escalão da Igreja. Dentro do Vaticano.

7. Conflito em Gaza
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Neste ano, o conflito entre israelenses e árabes ganhou mais um capítulo. O sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses foi o início dos novos confrontos. Em 1º de julho, dia seguinte à localização dos corpos, um jovem palestino foi encontrado morto em Jerusalém Oriental. Israel prendeu seis judeus extremistas, dentre os quais três confessaram o crime. O governo israelense iniciou diversos bombardeios sobre a Faixa de Gaza, alegando, além da morte dos adolescentes, uma represália a foguetes lançados pelo Hamas, que controla o território atacado. O grupo extremista, por sua vez, se disse insatisfeito com a morte do adolescente palestino, as prisões de integrantes do Hamas e a está a insatisfação da população de Gaza com o controle de Israel na região. Em 26 de agosto, Hamas e Israel aceitaram um acordo de trégua após 50 dias de conflito. 2.157 pessoas morreram no lado palestino, enquanto Israel contabilizou 73 mortes.

8. Crise na Ucrânia
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Em novembro de 2013, o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, preferiu aproximar o país da Rússia, em vez de fechar um acordo comercial com a União Europeia. A oposição e parte da população foi às ruas, insatisfeita com a decisão. Ao fim de janeiro de 2014, cinco manifestantes morreram em função de um confronto da polícia, o que intensificou os protestos. Mais de cem pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Ao fim de fevereiro, a oposição conseguiu destituir o presidente e assumiu um governo interino pró-UE. O Ocidente reconheceu a troca de poder, mas o governo russo considerou o acontecido um golpe de estado. Na península da Crimeia, de maioria russa, cresceu o movimento separatista. Aos poucos, o governo de Moscou assumiu o controle da área. Em 16 de março, foi aprovado em um referendo por mais de 96% da população a anexação da Crimeia à Rússia. Separatistas pró-Rússia também tomaram o controle das regiões de Donetsk e Luhansk, declarando a independência das duas regiões. Em maio, foi eleito um novo presidente para a Ucrânia, Petro Poroshenko, que em junho já assinou o acordo de livre comércio e cooperação política com a União Europeia – exatamente, o acordo que, não assinado, iniciou as revoltas. O leste da Ucrânia, de maioria russa, se vê em uma guerra separatista que já deixou, nos últimos oito meses, mais de 4 mil mortos. Um cessar fogo foi assinado em setembro, mas não conseguiu impedir os conflitos. Foi feita uma nova tentativa no início de dezembro, mas Kiev já denunciou violações à trégua.

9. Protestos em Hong Kong
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Jovens chineses saíram às ruas em Hong Kong, em setembro, por eleições livres na ilha. A revolta foi provocada pelo anúncio de que, nas eleições para o governo de Hong Kong marcadas para 2017, os nomes dos candidatos precisariam passar pelo crivo do governo chinês. As manifestações já duram mais de dois meses e, no início de dezembro, policiais e ativistas voltaram a se enfrentar. Os guarda-chuvas, usados inicialmente pelos manifestantes para tentarem se proteger, acabaram se tornando um dos símbolos do movimento.

10. A fonte secou
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Nos últimos meses, os moradores de São Paulo viram a água ficar cada vez mais escassa. O problema remonta ao fim de 2013, período em que choveu bem menos que o esperado. A situação continuou se agravando nos primeiros meses de 2014. Com a redução nos níveis dos reservatórios, a Sabesp iniciou o racionamento de água em diversos pontos da região metropolitana. Em maio, o nível das águas do Sistema Cantareira, uma das principais fontes de abastecimento da capital, chegou a 9%, pior índice desde sua criação. As tentativas de solução acabaram levando a crise para outros sistemas e, em outubro, admitiu-se que faltava água e que havia o risco de o fornecimento ser completamente interrompido. Em novembro, foi anunciada a construção de duas estações de água de reúso e de diversos reservatórios, que irão aumentar a capacidade de reserva de água tratada na região metropolitana. Quanto às chuvas, cientistas afirmam que a seca no estado deve continuar em 2015.
Fonte:http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/

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