sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Praia de Iracema -Festa no Aterro produz 60 toneladas de lixo

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Os trabalhos de retirada do lixo começaram por volta das 7h40 e terminaram somente após as 16h. Às 9h da manhã, era grande o lixo deixado para quem esteve naquele trecho da orla de Fortaleza na virada do ano
FOTO: JOSÉ LEOMAR
No lugar do cenário da festa, uma imagem que se assemelhava a uma terra arrasada. Assim esteve o aterro da Praia de Iracema, na manhã de ontem, em função da quantidade de lixo deixada pelos frequentadores da festa de Réveillon. Ao todo, foram recolhidas cerca de 60 toneladas de resíduos pelas equipes de limpeza da Prefeitura de Fortaleza, através da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) e Ecofor.
Até as 9h, era grande o lixo deixado para quem esteve naquele trecho da orla de Fortaleza na virada do ano. Afora o material orgânico, resultado de restos de comidas, e latas e copos descartáveis, as garrafas vazias de bebidas, algumas até quebradas, misturavam-se com a areia da praia, tornando-se um perigo para os banhistas que se aventuraram para o primeiro banho de mar do ano.
Os trabalhos de retirada do lixo começaram por volta das 7h40 e terminaram somente após as 16h. Foram mobilizados 330 garis, entre funcionários da administração municipal e da Ecofor. Também atuaram duas pás mecânicas, uma retroescavadeira, quatro compactadores, três microcoletores, cinco caminhões caçambas e quatro máquinas varredoras.

Atraso
A coordenadora da operação de limpeza mantida pela Emlurb, Regina Mesquita, informou que os trabalhos tiveram atraso, mas por conta do fato de que as atrações ainda estavam no palco armado no aterro ainda por volta das 7 horas.
"A quantidade de resíduos retirada não foi muito diferente do que aconteceu no início do ano passado. O problema maior é que apesar de insistirmos na educação ambiental para separação do materiais descartáveis e recicláveis, inclusive colocando coletores e contêineres, as pessoas insistem em sujar a praia e torná-la até perigosa para a integridade física dos banhistas", disse Regina Mesquita.
Por todo o local da festa, a Prefeitura de Fortaleza disponibilizou 12 contêineres metálicos e 40 lixeiras. Para o catador Paulo César Martins, esses equipamentos ainda são insuficientes para atender a demanda de quase um milhão de pessoas presentes à festa. "O problema maior é a educação ambiental das pessoas e isso estamos sempre insistindo, mas não adianta apenas nós fazermos a nossa parte. Esse é um compromisso de todos", afirmou Regina.
Reciclagem
Afora o lixo que foi aproveitado pelos catadores para fins de reciclagem, quase todo esse foi destinado para o Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia (Asmoc). A turista paranaense Rita da Silva criticou a demora na operação de limpeza.
Na sua opinião, faltou uma estratégia para atuar com maior brevidade para que a praia fosse devolvida ao público totalmente limpa. Apesar das dificuldades, ela elogiou a festa promovida pela gestão municipal e ressaltou que voltaria mais vezes a Fortaleza. Aliás, essa foi a quarta vez que veio à cidade para participar dos festejos da chegada do Ano Novo.
Marcus Peixoto
Repórter DN

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