Acadêmico de medicina no Rio de Janeiro, Paula Ney assistia a aula de anatomia, ainda no inicio do
curso. Para ser engraçado, o professor tentou se enturmar, assegurando-lhe fazer
somente uma pergunta:
- Quantos fios de cabelo julga ter na cabeça
sr. Ney?
- 275.995 - Afirmou
- E como chegou a essa conclusão? - Pergunta
novamente o professor.
- Perdão professor... mas o sr. garantiu fazer
somente uma pergunta, e esta já é a segunda.
Em outra aula, o professor de clínica médica
pergunta:
- Como o senhor realiza o curativo numa lesão
aberta na cabeça de um paciente, sr. Ney?
- Procedo a assepsia local e aplico uma gaze na
superfície, mestre!
- Errou! - Advertiu o professor que prosseguiu
- Em primeiro lugar, o senhor tem que fazer a raspagem do couro
cabeludo...
- No meu caso professor, esse paciente é
careca.
Era no Rio antigo, primeiros dias da República,
últimos dias da Monarquia. Entrava Paula Ney no teatro Santana, quando foi
abordado por duas mundanas, antigas atrizes, que o arrastaram para uma das mesas
vazias afim de que lhes pagasse alguma coisa.
O boêmio não se fez rogado. Sentou-se entre as
duas raparigas, e, batendo, forte, com a bengala na mesa de estanho,
chamou:
- "Garçon"!... "Garçon"!
E à aproximação do empregado:
- Mercúrio, para três!
Fonte: Vaiando o sol, Tarcisio Matos,
2000.
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