quinta-feira, 7 de março de 2013

A ORIGEM DO CAFÉ NO CEARÁ


O café no Ceará

Antes de chegar à atual região Sudeste, onde se tornou o principal produto da economia brasileira, o café já era plantado em algumas áreas do Norte e do Nordeste, inclusive no Ceará. Mas essas pequenas lavouras eram destinadas ao consumo familiar e não ao comércio.

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Colheita do café, (1834-1839) de Johann Moritz Rugendas.
O desenho representa a colheita de café nas encostas da serra da Carioca. Ao fundo, a lagoa Rodrigo de Freitas e o Pão de açúcar.
O café é uma planta originária do norte da África. As primeiras mudas chegaram ao Brasil no século XVIII, em Belém do Pará, trazidas das Guianas. A partir de meados do século XIX, o café passou a ser plantado em áreas maiores e, por várias décadas, tornou-se a principal riqueza brasileira.
Nessa época se formaram as primeiras fazendas de café nas serras cearenses.
As serras de Baturité e Aratanha, bastante próximas de Fortaleza, foram as que mais atraíram os fazendeiros. Mas também surgiram cafezais em outras terras altas do Ceará, como na chapada de Ibiapaba, onde o clima e o solo eram propícios ao cultivo do grão. O volume do produto não era tão grande quanto o obtido nas lavouras de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas foi suficiente para promover o desenvolvimento de várias cidades. O café cearense era transportado para os portos mais próximos, em especial o de Fortaleza, de lá seguia para a Europa e os Estados Unidos. Essa época de prosperidade econômica deixou suas marcas, como podemos ver nas imagens a seguir.

- Casarão da família Pereira, em Aratuba -


- Sítio são Luiz, em Pacoti -
As primeiras fazendas de café eram rústicas e simples, mas à medida que as vendas do produto cresceram, isso se refletiu nas propriedades. Casas amplas e confortáveis às vezes até mesmo luxuosas, foram construídas para as famílias dos fazendeiros.

Muitos fazendeiros faziam doações em dinheiro para a construção de capelas em homenagem ao santo de sua devoção ou investiam na melhoria das precárias estradas da época.
Ao lado das capelas, pessoas que prestavam serviços aos fazendeiros começaram a construir suas casas. Assim se formaram novos povoados, e muitas vilas antigas se desenvolveram em torno das fazendas.

Atualmente ainda se planta café na serra de Baturité. São cerca de 3 500 hectares de área plantada, que abrange quatro municípios: Baturité, Guaramiranga, Pacoti e Mulungu.

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