O café no Ceará
Antes de chegar à atual região Sudeste, onde se
tornou o principal produto da economia brasileira, o café já era plantado em
algumas áreas do Norte e do Nordeste, inclusive no Ceará. Mas essas pequenas
lavouras eram destinadas ao consumo familiar e não ao comércio.
![[Baia+de+Guanabara+by+Rugendas.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx85XDd6uvMZ2m6Ni3P5rLZHAJtYfSWJavvCfqm58BqS6BBcP-eHxXJFGs-NK1FFYD37J4dnBbpNPJprNNSPZUmzp2F-Ui8URsY9ZMYULlyE78qNzftqwspZa5CFqYeHtSAQxoON_R8uAO/s400/Baia+de+Guanabara+by+Rugendas.jpg)
O desenho representa a
colheita de café nas encostas da serra da Carioca. Ao fundo, a lagoa Rodrigo de
Freitas e o Pão de açúcar.
O café é uma planta originária do norte da
África. As primeiras mudas chegaram ao Brasil no século XVIII, em Belém do Pará,
trazidas das Guianas. A partir de meados do século XIX, o café passou a ser
plantado em áreas maiores e, por várias décadas, tornou-se a principal riqueza
brasileira.
Nessa época se formaram as primeiras fazendas de
café nas serras cearenses.
As serras de Baturité e Aratanha, bastante
próximas de Fortaleza, foram as que mais atraíram os fazendeiros. Mas também
surgiram cafezais em outras terras altas do Ceará, como na chapada de Ibiapaba,
onde o clima e o solo eram propícios ao cultivo do grão. O volume do produto não
era tão grande quanto o obtido nas lavouras de São Paulo e do Rio de Janeiro,
mas foi suficiente para promover o desenvolvimento de várias cidades. O café
cearense era transportado para os portos mais próximos, em especial o de
Fortaleza, de lá seguia para a Europa e os Estados Unidos. Essa época de
prosperidade econômica deixou suas marcas, como podemos ver nas imagens a
seguir.

- Casarão
da família Pereira, em Aratuba -
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- Sítio são Luiz, em Pacoti -
As primeiras fazendas de café eram rústicas e simples, mas à
medida que as vendas do produto cresceram, isso se refletiu nas propriedades.
Casas amplas e confortáveis às vezes até mesmo luxuosas, foram construídas para
as famílias dos fazendeiros.
Muitos fazendeiros faziam doações em dinheiro
para a construção de capelas em homenagem ao santo de sua devoção ou investiam
na melhoria das precárias estradas da época.
Ao lado das capelas, pessoas que
prestavam serviços aos fazendeiros começaram a construir suas casas. Assim se
formaram novos povoados, e muitas vilas antigas se desenvolveram em torno das
fazendas.
Atualmente ainda se planta café na serra de Baturité. São
cerca de 3 500 hectares de área plantada, que abrange quatro municípios:
Baturité, Guaramiranga, Pacoti e Mulungu.
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