Celular vira moeda da expansão bancária
A nova fronteira da expansão bancária passa por tornar um público estimado entre 30 milhões e 40 milhões de pessoas, adeptas do celular (e da cultura do) pré-pago, em usuário do dinheiro eletrônico.
Brasil já é o segundo maior mercado de cartões do mundo
É um público que não vê vantagem em abrir conta no banco e pagar tarifa mensal e dificilmente vai ter cheque ou cartão de crédito.
A vantagem do celular é não carregar grandes quantias na carteira, ter a comodidade de pagar por débito e de fazer saques nos caixas eletrônicos mesmo sem ter conta ou vínculo com um banco.
Da mesma forma que carrega o celular com minutos de conversação, a pessoa "deposita" R$ 100, R$ 200, R$ 1.000 no aparelho para gastar como quiser.
CELULAR COMUM
Erra quem pensa que isso depende de a maioria da população aderir aos smartphones e aos celulares de última geração ligados à internet.
Os bancos adaptaram essa comodidade aos celulares mais antigos, muitos deles sem browser ou acesso à rede, mas que podem emitir SMS (o popular "torpedo").
A Cielo e a Redecard, as duas maiores empresas de cartão, já têm dispositivos com a função pagamento por celular. No caso da Cielo, o comprador fornece o número do aparelho ao caixa, recebe uma espécie de SMS criptografado, e aprova a compra por meio de uma senha.
O Bradesco já adaptou os caixas eletrônicos a fazerem transações como saque sem cartão, em que o usuário fornece o número do celular e recebe um SMS para aprovar a operação.
O banco fez parceria com a Claro e pretende lançar o produto no segundo semestre.
O Banco do Brasil tem parceria semelhante com a Oi e o Itaú, com a TIM.
O BB fez uma pesquisa com 1 milhão de clientes que mais sacam dinheiro nos caixas eletrônicos para entender por que precisavam de tanto cash. Descobriu que a maioria tinha necessidade do dinheiro em espécie para remunerar funcionários não-bancarizados, como diaristas e jardineiros, além da mesada dos filhos e do dinheiro para pequenas compras em feiras, que não aceitam cartão.
"Esse cliente era excluído pela nossa incapacidade de analisar seu comportamento", disse Márcio Parizotto, diretor de novos meios da Bradesco Cartões.
"O pré-pago é a solução que combinou de maneira fantástica com essa necessidade", disse Raul Moreira, diretor de cartões do BB.
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