CRENÇAS SOBRE O ESPIRRO
Crenças e fatos culturais
Em 400 a.C. o general ateniense Xenofonte fez um dramático discurso estimulando os seus soldados a segui-lo, para libertar a Grécia, ou morrer lutando contra os persas. De repente, um soldado espirrou violentamente. Achando que aquele espirro tinha sido um sinal dos deuses, os soldados aclamaram Xenofonte e obedeceram às suas ordens.
Outro momento divino do espirro para os gregos ocorreu na história de Ulisses (narrada por Homero, no seu poema épico Odisseia). Ele disfarçado de mendigo conversou com sua esposa Penélope. Ela disse a ele, (sem saber de quem se tratava), que Ulisses iria retornar em segurança para desafiar seus pretendentes. Neste momento o filho Telêmaco, deu um sonoro espirro e Penélope riu , afirmando que isto era um sinal positivo dos deuses.
No Japão, as pessoas acreditam que o espirro ocorre quando elas estão sendo mal-faladas pelas costas.
Na Índia, é uma crença comum que alguém que espirra inesperadamente está sendo lembrado por uma pessoa querida. A maioria dos indianos considera o ato de espirrar saudável e a incapacidade de espirrar é motivo de preocupação.
O espirro e o rapé
Houve época em que espirrar era considerado saudável e até elegante e, para provocar o espirro, usava-se o rapé. Na ilustração, vê-se uma fina caixa de rapé do século XIX. O rapé (do francês râper, “raspar”) é o tabaco em pó para inalar. Aspira-se com força, fazendo com que o pó entre pela narina e, em seguida, vem o espirro. O rapé, em tempos passados, era o grande estimulante do nariz. O hábito de consumir rapé era bastante difundido no Brasil, até o início do século XX. Era visto de maneiras contraditórias: às vezes como hábito elegante, outras vezes como vício. Há menções ao hábito em obras de Machado de Assis e de Eça de Queirós.
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