sábado, 1 de junho de 2013

ENCONTRO DE CEARENSES EM SÃO PAULO


Dois cearenses, um do Crato e outro do Juazeiro do Norte, saíram em busca de emprego e riqueza em São Paulo. Chegando lá, sem possuírem formação alguma, arranjaram colocação apenas como Vigilante e Pedreiro. Certo dia um deles revoltado com o salário baixo, que não dava quase pra pagar a comida do mês e o aluguel de um barraco no morro, teve uma "brilhante ideia": vou ser assaltante. No dia seguinte o cearense do Crato nem foi mais trabalhar, pegou o dinheiro que lhe restava do mês e comprou um revólver. À  noitinha tomou banho, fez a barba e colocou seu perfume Alfazema. Por volta de 09 horas da noite foi pra Paulista e avistou alguém na parada de ônibus que havia acabado de sair do emprego. Foi então que empreendeu seu primeiro assalto. veja o diálogo:
Assaltante
- E aí cabra da peste, num se bula não, isso é um assalto!
O cidadão então respondeu:
- Êpa maxo véi tu é cearense?
Assaltante:
- Sou sim sô, sou do Crato.
O Cidadão:
- Valei meu Padim Cíço Rumão, eu sou do Juazeiro do Norte.
Aí o dois saíram pra tomar uma no primeiro bar que encontraram lá pelo morro onde moravam, e chegaram a conclusão que vida boa era no Ceará, que faltando chuva e no sol ardente, a amizade do cearense valia bem mais do que a miséria humana e violência que lhe impunham na vida. Aí juntaram os trapos voltando pra terra natal, onde arrajaram emprego e construíram famílias prósperas e felizes. E o nome da primeira filha de um foi Paulista em homenagem aquele encontro memorável que os tornou cumpadres.

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