Crônica de João Eudes Costa para Maria Zeneida Costa

A ESTRELA DO AMOR CONTUNUA NOS CONDUZINDO AOS BRAÇOS DE JESUS.>

JOAO EUDES COSTA

A partida de MARIA ZENEIDA COSTA foi motivo de consternação que atingiu todas as classes sociais de nossa Quixadá.

Zeneida fez por merecer o carinho que recebeu em vida e a reverência e o sentimento de pesar pela sua partida, externado pelos que tiveram o privilégio de constatar a sua disponibilidade para ajudar os necessitados, participar dos movimentos em prol do bem-estar da coletividade e ser incansável propagadora dos ensinamentos de Cristo.

Sua simplicidade de viver, fazendo da humildade a sua vestimenta, mostrou que esta virtude, quando exercida em sua plenitude, nos faz ter vergonha da pobreza de nossa arrogância.

A morte de Zeneida não foi antecipada, porque isto só acontece quando não valorizamos a beleza da vida que o Criador nos concedeu. Partiu sem sequer nos ofertar com o abraço de despedida, porque Deus a chamou às pressas para o cumprimento de outra importante missão. Melhor viver menos dias como digno vencedor do que permanecer um século derrotado pela maldade, que nos transforma em mensageiro da perversão.

Zeneida deixou marcas profícuas nas diversas áreas de atividade em que atuou. Na educação prestou relevantes serviços aos jovens estudantes, preparando-os para um futuro promissor, habilitando-os, através de cursos profissionalizantes, para o desempenho de uma profissão capaz de garantir-lhes sobrevivência com competência e dignidade. No Rotary Club de Quixadá também se destacou nas campanhas de assistência às comunidades menos favorecidas.

A sua cadeira na Academia Quixadaense de Letras não ficou vazia com o falecimento de Zeneida, porque nela veremos sempre a sua imagem quando o novo ocupante lutar bravamente para reforçar o alicerce cultural de Quixadá, tornando-o capaz de garantir o desenvolvimento de nossa cidade e o futuro de glórias para as novas gerações.

Quando a saudade bater em nosso peito, mesmo com os olhos turvados pelas lágrimas, fitemos o firmamento em busca de agasalho para nossa dor que veremos uma estrela cintilar com mais intensidade. Trata-se de Zeneida olhando-nos e acompanhando nossos passos, guiando-nos para o encontro com Jesus.

Os astros, há séculos, mostram-nos a grandeza da criação Divina, escrevendo, no papiro celestial, mensagens de chamamento à presença de Deus.

Foi assim que uma fulgurante estrela guiou os Magos Gaspar, Melchior e Baltasar a humilde manjedoura onde estava o Deus Menino. Ofertaram-Lhe ouro, incenso e mirra como reconhecimento à majestosa figura do Rei dos Reis.

Para reverenciar a imagem de Zeneida vamos oferecê-la o ouro representativo da grandeza de seus atos de amor e caridade. O incenso em louvor de sua intensa luta semeando a paz e a compreensão, perfumando o mundo para sufocar a podridão da violência, do desamor, da ganância e da injustiça.

A mirra que os gregos usavam no vinho para restaurar as forças dos que se contorciam em fortes dores e sofrimento e o evangelho a ela se refere como alimento ao Cristo antes do suplício da crucificação, também vamos ofertar a Zeneida em gratidão por tudo que fez para fortalecer os enfermos, ajudar aos que caiam na sarjeta da perversão, alimentando os que fraquejavam na fé, dando forças para que reencontrassem o caminho da salvação.

Nossa saudade, Zeneida, não permite que você fuja de nossas retinas, por isso a estrela que você representa no firmamento celestial haverá sempre de nos guiar pelo caminho que nos fará encontrá-la na presença de Deus.