sábado, 24 de agosto de 2013

O Funeral de Muriçoca





Jânio Quadros, presidente do Brasil em 1961, ficou conhecido pelo seu estilo político, digamos, não convencional. Cassado pelo regime de 1964 passou a receber amigos em sua casa, em São Paulo, e continuou causando surpresas aos visitantes. Em uma desas ocasiões, em 1970, recebia um grupo de políticos e jornalistas para um almoço. De repente, sua esposa, dona Eloá, chegou à mesa e deu uma notícia: Muriçoca havia morrido. Jânio ficou consternado,  descabelou, as lágrimas desceram...
O ex-presidente deu o almoço por encerrado e, para espanto dos convivas, promoveu o funeral da pobre... cachorrinha! Ele mesmo cavou a sepultura de sua mascote, e fez um padre dizer algumas palavras sobre a pequena defunta. Para não incorrer em pecado, o religioso citou em latim um trecho de Homero e deu o serviço por encerado. Tempos depois o folclórico político colocou uma placa de bronze sobre o local de descanso de sua amiga canina.
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

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