sexta-feira, 21 de março de 2014

Município de Castro Alves - Bahia

Município baiano




No princípio do século XVIII, a Sesmaria do Aporá foi desmembrada em duas, uma das quais doada
a João Evangelista de Castro Tanajura, que veio a ser ,tempos depois, o avô do poeta Antonio Frederico de Castro Alves (Castro Alves).
O donatário em causa, para colonizá-la, procurou pessoas de recursos nos mais diversos lugares distribuindo-lhes terras do seu vasto domínio, com a condição de nelas iniciarem plantações, construírem moradias e currais.
Coube ao Capitão-Mor Antonio Brandão Pereira Marinho Falcão, a primeira destas penetrações e estabelecer a construção da casa sede da Fazenda Curralinho, no local onde se ergue a cidade, nascente do Rio Jaguaripe, à margem da Estrada das Boiadas de Minas Gerais para Feira de Santana. Tratou do desmembramento das matas, da plantação de cana-de-açúcar, construções de engenhos e da criação de gado. Estabeleceu, assim, o aldeamento que era conhecido como Curralinho, nome que perdurou por bom tempo.
Não foi fácil ao desbravador a sua missão. Teve ele de suportar grandes combates com os índios Sabujas e Cariris, descendentes dos Tupinambás, que assolavam a povoação nascente e circunvizinhanças. Não há certeza do desaparecimento dos gentios citados; no
entanto, sabe-se, por tradição, que o seu último chefe Baitinga dirigiu-se para as matas da zona de Conquista.
Muito influiu no progresso do povoamento o fato de ser pouso obrigatório de tropeiros que viajavam de São Felix e de outras localidades do recôncavo para as Minas do Rio das Contas, adjacências e Estado de Minas Gerais.
Gentílico:
Formação Administrativa
Na capela existente na fazenda, foi criada, pela Resolução provincial nº 1334 de 28 de junho de 1873, a freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho. Pela Lei provincial de nº 1987, de 26 de junho de 1880 foi o Arraial de Nossa Senhora de Curralinho elevado à categoria de Vila. Essa mesma lei, assinada pelo Bel Antonio de Araújo Aragão Bulcão, criou o Município de Curralinho, desmembrado do de Cachoeira, e instalado na mesma data. A sede do município obteve foros de cidade em virtude da Lei nº 88, de 22 de junho de 1895.

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