quarta-feira, 28 de maio de 2014

Falsificação: Egito reclama que China pirateou a Esfinge de Gizé

Falsificação: Egito reclama que China pirateou a Esfinge de Gizé

A réplica chinesa da Esfinge que foi construída na província de Hebei
O governo egípcio reclamou ter sido vítima do mesmo golpe que centenas de marcas ocidentais sofrem regularmente na China: a falsificação. A queixa surgiu depois que fotografias de uma cópia exata da Esfinge de Gizé, um dos monumentos mais conhecidos do antigo Egito, que foi construída em um parque em Hebei, no nordeste da China, passaram a circular na internet.

O novo monumento tem o mesmo tamanho do original e reproduz algumas das características mais conhecidas, como a ausência do nariz. As diferenças ficam por conta do material empregado, enquanto o original foi esculpido em calcário, a cópia chinesa foi feita de concreto. O cenário da réplica também é menos charmoso que o da Esfinge original. Em vez de um cenário com pirâmides ao fundo, a cópia está situada em um descampado cercado de barro e lixo. De acordo com o jornal China Daily, a cópia custou cerca de 1 milhão de dólares (2,2 milhões de reais).
O ministro egípcio de Antiguidades, Mohamed Ibrahim Ali, afirmou para o jornal Al Ahram Weekly que a sua pasta enviou uma carta para seu representante permanente nas Nações Unidas para que ele contate a Unesco, o a agência cultural da ONU, e afirme que a cópia chinesa prejudica a herança cultural do Egito. Tanto a Esfinge como as pirâmides do Egito estão registradas na lista de Patrimônio Mundial da agência.
Logo depois que as queixas se tornaram públicas, representantes da empresa chinesa responsável pela cópia afirmaram que a esfinge chinesa não é uma estrutura permanente e que ela vai ser somente usada como um cenário para programas de TV e filmes, e que deve ser derrubada no futuro.
O jornal The New York Times pôs em dúvida a afirmação dos chineses e sugeriu que a estrutura parece ter sido construída com o propósito de se tornar permanente. De acordo com o jornal, os empresários responsáveis pela cópia assinaram um acordo com o governo local para a construção de um parque com “atrações históricas mundiais”.
Não é a primeira vez que os chineses copiam um patrimônio protegido pela Unesco, Em 2012, uma empresa construiu uma réplica do vilarejo austríaco de Hallstatt em uma área da província de Guangdong. À época, residentes do vilarejo original reclamaram do plano chinês.

Fonte: Veja

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