quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cruzeiro completa 80 em situação de abandono

Cruzeiro - Pedra do Cruzeiro 1

Pouca gente sabe, mas a “Pedra do Cruzeiro” recebeu esse título a partir de meados de 1933 quando por solicitação de frades franciscanos que realizavam missões em Quixadá, um grupo de católicos resolveu erguer no seu cume um cruzeiro como marco das missões. Coube ao mecânico, poeta e músico Adolfo Lopes da Costa, mais conhecido como “Mestre Adolfo”, confeccionar as peças do símbolo religioso. No dia 24 de junho de 1934, o cruzeiro foi inaugurado. Naquele dia boa parte da população de Quixadá subiu à pedra em procissão. Na maioria eram católicos, cantando o hino da sagrada família, para a inauguração do Cruzeiro.
PPassados 80 anos, a Pedra do Cruzeiro continua sendo um dos principais símbolos de Quixadá. Poderia ser um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, todavia, há décadas está em constante abandono e até o seu principal símbolo está desaparecendo entre antenas e mais antenas erguidas a cada dia, reclamam os visitantes. Um deles é Flávio Araújo. “A pedra do cruzeiro é um ponto turístico e deve ser tratada como tal. Poderia ser construído um mirante lá, para ser ainda mais explorado”, comentou, além de reclamar da sujeira e da falta de sinalização.
Há cerca de cinco anos, através da Associação dos Filhos e Amigos de Quixadá (Afaq), foi sugerido a vários vereadores de Quixadá a revitalização da Pedra do Cruzeiro, com a instalação de um teleférico e de um elevador panorâmico, ainda a construção de um restaurante panorâmico com um mirante. Uma solução também foi dada para a poluição visual provocada pelas antenas, a construção de uma torre, em forma de cruzeiro, onde todas as empresas podem instalar seus equipamentos. Todavia, não houve interesse, apesar de trazer enormes benefícios para a cidade.
Ontem, dia de São João, foi aniversário do Cruzeiro e simbolicamente do monumento natural. Apenas o radialista Walderley Barbosa, presidente a Associação de Imprensa do Sertão Central (AISC) lembrou a data. Mas ao invés do bolo e de velas na comemoração, as únicas chamas acesas foram dos cachimbos de crack e dos cigarros de maconha. Hoje, o local é um dos preferidos dos usuários de drogas. Antes, havia iluminação e muitas pessoas costumavam subir para apreciar o por do sol e contemplar a vista da “Terra dos Monólitos”, também conhecida como “Terra do descaso”.
Galeria > Fotos de Flávio Araújo
Fonte:http://blogs.diariodonordeste.com.br/sertaocentral/turismo/80-anos-pedra-do-cruzeiro-completa-aniversario-em-situacao-de-abandono/

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