domingo, 9 de novembro de 2014

Casarões Históricos do Ceará

Sobrado do Barão de Aracati


A edificação do século XIX, inserindo-se numa das áreas de maior importância histórica para o nosso Estado, que é o acervo urbano e arquitetônico de Aracati do século passado e que se conserva ainda bastante íntegro.

O sobrado caracteriza-se pela esbeltez de suas formas e por ter a fachada principal em azulejaria portuguesa.

Sua fachada conta com nave envasaduras de corpo inteiro, divididas em três para cada nível (piso). O primeiro piso (térreo) destinava-se originariamente ao comércio, ficando os demais para uso residencial. O sobrado conta ainda com um sótão, que forma o quarto piso, com envasaduras para as empenas laterais da edificação (oitões). Merece referência também, no interior da edificação, uma escada helicoidal em ferro.

A edificação abriga atualmente o Museu Jaguaribano e faz parte de um conjunto urbano com o qual se harmoniza.

Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n° 9.109 de 30 de julho de 1968, através do decreto n° 16.237 de 30 de novembro de 1983.

Fonte: secult.ce.gov.br

CASA DO PORTUGUÊS


Protegida contra intervenções que desfigurassem sua estrutura original desde 2006, quando o processo de tombamento foi aberto pela então Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (Funcet), a Casa do Português, localizada na Avenida João Pessoa, data de 1950, quando começou a ser construída pelo português José Maria Cardoso.

O proprietário deu seu próprio nome, junto ao de um santo, a casa: Vila Santo Antônio de José Maria Cardoso, popularmente conhecida como “Casa do Português”. Possui três andares com duas rampas laterais que davam aos automóveis, acesso aos terceiro e quarto andares.

O prédio teve sua preservação solicitada por ser uma referência da cidade, marco simbólico, arquitetônico e afetivo de Fortaleza. De acordo com o parecer, “o prédio notabilizou-se, desde a sua inauguração, por seu aspecto insólito e exagerado, espécime arquitetônico pitoresco em meio a uma Fortaleza constituída por uma arquitetura de escala comportada”.

A casa de três andares possui 11 quartos e três banheiros apenas no primeiro deles, com uma rampa para automóveis que circunda sua robusta estrutura em concreto armado, chamou a atenção da população fortalezense desde sua inauguração em 1950. Comentava-se sobre a imensidão da casa construída pelo fazendeiro e comerciante português José Maria Cardoso para abrigar sua pequena família, composta apenas de esposa e filho único, não por acaso ele deu o nome de Vila Santo Antonio ao imóvel. Mas o que principalmente provocava o burburinho era a arquitetura inusitada para a época, que a fez figurar em cartões postais da cidade na década de 1960 e se transformar numa referência arquitetônica de Fortaleza.

Depois de servir de morada por alguns anos para a família de José Maria, o imóvel foi sede da Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (Ematerce) de 1965 a 1984, abrigou uma oficina mecânica, e funcionou ali a Boate Portuguesa, entre outros usos, e figurou nas páginas dos jornais com notícias como a prisão de assaltantes e um suicídio.

Em 1994, a Casa do Português foi posta à venda, depois do frustrado leilão de dez anos antes no qual os herdeiros tentaram vende-la por 4 bilhões de cruzeiros, a esposa de um dos netos do comerciantes português José Maria Cardoso chegou a falar à reportagem do Jornal o Povo que as intenções dos compradores eram a de estabelecer um museu de arte no lugar.

Mais recentemente, em 2005, os arquitetos Napoleão Ferreira e Mário Roque chegaram a apresentar projeto para transforma-la em um centro cultural dedicado à cultura portuguesa, o que poderia muito honrar o falecido português, que, dizem, construiu a casa em homenagem à esposa e ao país natal, mas a ideia não saiu do papel.


Fonte: Jornal o povo
Imagens: Arquivo Nirez

CASA DE JUVENAL GALENO


Fundada em 27 de setembro de 1919, é uma instituição mantida pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), com objetivo de difundir e incentivar a cultura cearense. A Casa de Juvenal Galeno, dirigida por Antônio Galeno, sempre foi um movimentado centro cultural da cidade. Nesta casa, o poeta Juvenal Galeno criou os seus sete filhos e veio a falecer aos 95 anos.

Instalada à rua General Sampaio, 1128, a Casa de Juvenal Galeno, construída pelo poeta em 1886 e transformada em centro de cultura em 1919 por suas filhas Júlia e Henriqueta Galeno, é um dos palcos mais antigos da nossa história cultural, que já recebeu personalidades como Rachel de Queiroz, Euclides da Cunha, Gustavo Barroso, Antônio Sales, Leonardo Mota, Jáder de Carvalho e, Patativa do Assaré. O poeta quis nesta casa receber a Medalha do Abolição, do Governo do Estado do Ceará.


A casa possui dez cômodos, onde abriga um valioso acervo bibliográfico, doado por Mozart Monteiro, e a biblioteca do próprio Juvenal Galeno, que juntos totalizam dezoito mil volumes, higienizados, catalogados e informatizados. Possui dois auditórios. O principal, chamado Henriqueta Galeno, tem capacidade para 120 pessoas e dispõe de um pequeno palco com um piano de meia cauda e várias obras de arte, entre elas, duas obras do pintor e escritor Otacílio Azevedo. O outro auditório – chamado Nenzinha Galeno - é ao ar livre, sombreado por frondosas mangueiras, tem capacidade para 200 pessoas.


No corredor da entrada, duas estátuas de mármores recepcionam os visitantes – uma representa a música e a outra a maternidade. No salão Alberto Galeno, há um mobiliário antigo, um móvel envidraçado onde estão guardados os objetos de uso pessoal do poeta, a herma de Juvenal Galeno, duas grandes mesas para reuniões e recepções, fotos dos escritores, poetas e sócios da instituição. No salão Júlia Galeno existem móveis centenários de luxo, faqueiros de prata, conjunto de louças importadas da Europa (pertencentes aos pais de Juvenal Galeno), cristais e vários outros utensílios, do século XIX, utilizados pela família Galeno.
Na Sala dos Espelhos, existe uma escrivaninha de Juvenal Galeno, um quadro de Juvenal Galeno pintado por Vicente Leite, um móvel envidraçado onde estão guardados documentos e manuscritos do poeta, cadeiras de palhinhas, mesas de mármore, espelhos e os bustos de Goethe e Schiller.


Nos anos 30 e 40, viveu sua fase áurea, quando era freqüentada por artistas, intelectuais e políticos que cultivavam o gosto pelas letras. Os saraus literários que animavam as noites da casa eram prestigiados por escritores famosos como Leonardo Mota, Quintino Cunha, Jader de Carvalho, Patativa do Assaré, Rachel de Queiroz, Fernandes Távora, Raimundo Girão, Moreira Campos, Mozart Soriano Albuquerque entre tantos outros. Entre estátuas e bustos de granitos, móveis coloniais, arquitetura esmeralda, jardim assombreado, a Casa de Juvenal de Galeno faz parte da memória cultural cearense e brasileira.

A Casa de Juvenal Galeno é hoje um dos maiores centros da cultura cearense, congregando várias entidades:
Academia Juvenal Galeno de Cultura – AJUGALC;
Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno;
Comissão Cearense de Folclore;
Centro Cultural dos Cordelistas – CECORDEL;
Cooperativa de Cultura do Ceará – COOPECULTURA;
Associação de Ouvintes de Rádio – AOUVIR;
Associação dos Proprietários, Artistas e Escolas de Circo do Ceará – APAE-CE;
Associação Solidária Internacional – A.SIN;
Núcleo de Amigos dos Mágicos do Ceará – NUAMAC.


Estas entidades realizam reuniões regulares e mantêm intercâmbio com outros grupos e entidades afins, em quase todo o Brasil, divulgando o potencial artístico e cultural do Ceará.

Além dos eventos promovidos por essas entidades a Casa de Juvenal Galeno oferece uma rica programação da cultural popular tradicional com a presença de elementos como a viola, cantoria, embolada, cordel, xilogravura, artesanato e outras manifestações.

Fonte: SECULT CE
Site Oficial: Casa de Juvenal Galeno

FARMÁCIA OSWALDO CRUZ


A farmácia Oswaldo Cruz foi fundada no dia 29 de junho de 1932 pelo Farmacêutico Hortêncio Mota, sendo depois, vendida para o também farmacêutico e funcionário da farmácia, Edgar Rodrigues de Paula, em 1934. Desde então, pertence a família de Edgar há três gerações. A farmácia foi a primeira em manipulação do Estado do Ceará e mantém seus padrões de qualidade até hoje.

O prédio, localizado na rua Major Facundo, e construído em 1890, correu risco de desaparecer, é que após a morte do proprietário do prédio, Sr. Plácido Paiva, as irmãs do mesmo se tornaram as locatárias do imóvel e chegaram a pedir três vezes mais pelo aluguel, que o valor cobrado na época. A partir da impossibilidade de atender a tal solicitação e a mercê de ver a farmácia desaparecer, a família, com o apoio do historiador Miguel Nirez Azevedo, entrou com o pedido de tombamento.

Após um grande período de expectativa e divergência de opinião, pois os representantes do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e da Associação Nacional de História (ANPUH) núcleo Ceará, aprovaram o tombamento somente do prédio, o que não impedia que outro estabelecimento funcionasse no local. Dessa forma, membros do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural (COMPHIC), fizeram uma votação entre os conselheiros e resolveram tombar não só o prédio, mas também todos os bens integrados: equipamentos, utensílios, galeria, livros, prateleiras, piso e todo material que faz parte da história da farmácia.


O tombamento foi efetivado no dia 10 de janeiro de 2012 impossibilitando que a ambição destrua mais um pouco da memória do Ceará. Atualmente é administrada pela herdeira Fátima Ciarlini e abriu uma filial na cidade de Caucaia, onde atende a todos os padrões técnicos da legislação vigente.

Endereço: Rua Major Facundo, 576 - Centro (Praça do Ferreira)
Fone: (85) 3201-4760
Colaboração: Sr. José Aderson Tavares (Funcionário da farmácia há 44 anos)
Fonte: Jornal Diário do Nordeste
Imagens: Arquivo pessoal

HOTEL EXCELSIOR


O prédio foi inaugurado em 31 de dezembro de 1931. Foi o primeiro “arranha-céu” da cidade com sete andares. Inspirado em um edifício de Milão na Itália. Foi construído todo em alvenaria por Natali Rossi, cunhado de Plácido de Carvalho e a decoração interna foi feita por Pierina Rossi, esposa de Plácido. Ali já foi o sobrado do Comendador Machado, o Hotel Central e o Café Riche.

O sobrado foi construído em 1825 pelo Comendador José Antonio "Machado". Foi comprado pelo comerciante Plácido de Carvalho em 1827 para ali construir o primeiro arranha-céu da cidade com 12 apartamentos de luxo, 38 apartamentos simples e 100 quartos.


Atualmente no prédio acontece o "NATAL DE LUZ", evento anual do CDL Fortaleza e está localizado na Praça do Ferreira.

Fonte: GuiaCE e outros
Imagens: Arquivo Nirez e arquivo pessoal

http://www2.secult.ce.gov.br/patrimonio_material/barbalha/casa_CCB.jpg
A edificação foi construída por órdem de D. Pedro II, durante a grande seca de 1877, com o objetivo de criar frente de trabalho para os retirantes. É portanto, uma unidade arquitetônica representativa da história do povo de Barbalha, estando situado no local onde anteriormente se realizava a “Festa do pau-da-bandeira de Santo Antônio”.

Como demais construções do gênero no país, a Casa de Câmara e Cadeia de Barbalha apresenta dois pavimentos, sendo o térreo dividido em seis celas distribuídas a partir de um corredor central. O pavimento superior, com acesso por escadaria externa, possui, além das salas, um amplo salão delimitado por arcada.

Segundo relatos dos antigos moradores da cidade de Barbalha, o edifício passou por reformas no início da década de trinta do século passado, quando lhe foram acrescentadas a platibanda e os balaústres nas aberturas da fachada.

Sua fachada principal possui aberturas em vergas retas, protegidas por balcões. O acesso ao pavimento térreo é marcado por colunas encimadas por frontão triangular. O coroamento da edificação é feito por cornija e platibanda, que apresenta no centro um suave ressalto, detonando um frontão em arco abatido.

Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n° 9.109 de 30 de julho de 1968.

CASARÕES HISTÓRICOS DO CEARÁ - CASARÃO DOS PINHO

Casarão dos Pinho


Casarão dos Pinho foi construído por João Pinho Pessoa, em 1850, na cidade de Viçosa do Ceará. Possui 186 portas e janelas.

Tombado pelo IPHAN, o prédio é uma das atrações para quem visita a cidade.

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