segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Rua Antonio Benjamim de Oliveira - História



RUA BENJAMIM OLIVEIRA – Situada no bairro Universitário, com início na Rua José de Queiroz Pessoa, seguindo, em direção norte – sul até a Rua Basílio Emiliano Pinto. Denominada através da Lei Nº. 2.346 de 18 de abril de 2008, registrada no livro Nº. 23 da Câmara Municipal de Quixadá, proposição do vereador José Kleber Bezerra Carneiro Júnior, sancionada pelo Prefeito José Ilário Gonçalves Marques.
ANTONIO BENJAMIM OLIVEIRA - Nasceu em Cachoeira, hoje Município de Solonópole, no dia 19 de novembro de 1922, filho de Samuel Quintino Pinheiro e Filisalvina Gomes Oliveira.
Cedo passou a executar tarefas na roça, pois filho de agricultor não poderia ficar à margem das atividades rurais do pai. Não se sentia forçado a trabalhar. Gostava das atividades campesinas e, mesmo ainda criança, executava com destaque e dedicação as tarefas que lhe eram atribuídas.
Apesar das dificuldades para estudar, pois havia poucas escolas na região, o menino Benjamim, sem deixar de cumprir as suas obrigações no campo, sempre encontrava tempo para manusear os livros. Muitas vezes teve de percorrer grandes distâncias, montado em jumento, a fim de aprender com um professor mais capacitado.
Vendo que seu pai pouco lucrava nas atividades rurais, resolveu procurar uma cidade de maior porte, onde lhe oferecesse melhores condições de vida. Veio para Quixadá em 1942, cidade onde já morava o seu tio Raimundinho e que lhe deu total apoio.
Como Benjamim veio disposto a trabalhar não foi difícil conseguir emprego. Iniciou como garçom no “Bar do Salomão” e logo se familiarizou com o trabalho, conquistando a confiança do patrão e a simpatia dos clientes.  O seu objetivo, porém, era ser comerciante.
Persistindo no seu intento, iniciou como balconista de uma pequena loja, a título de experiência, sem qualquer remuneração. O desempenho de Benjamim chamou a atenção de seu patrão, que logo estabeleceu um salário mensal, uma vez que comerciantes de grandes lojas passaram a disputar a contratação do jovem e hábil balconista.
Casou-se no dia 16 de junho de 1945 com a quixadaense Maria Rosicler Cavalcante Costa, com quem teve 14 filhos: José Sérgio, técnico em telefonia; José Célio, industrial (Gêmeos); César Augústulo, médico; Tereza Delne, professora; Maria Elizabeth, pedagoga; Pedro Paulo, médico; Dilma Helena, professora e comerciante; Benjamim, agrônomo; Lúcia de Fátima, Professora formada em Letras; Ângela Maria, professora, funcionária pública; Escolástica, advogada; Francisco Eugênio, pedagogo com especialidade em diversas áreas da educação; Rosicler, professora e Sílvia Fernanda, professora e comerciante.  
Em 1948 estava sendo aberta, em Quixadá, uma indústria de fabricação de redes para dormir. Os sócios, Francisco Cysne Carneiro e Benjamim Cordeiro Costa, que tinham outras atividades comerciais, concluíram que Benjamim Oliveira, possuidor de bom conceito e excelente desempenho como comerciário em atividade em Quixadá, poderia fazer parte da sociedade e assumir a gerência da Fábrica de Rede Nossa Senhora das Graças.
A sociedade foi constituída em 18 de junho de 1948, sob a razão social de Costa, Cysne & Cia. Ltda. A empresa cresceu e Benjamim acabou comprando a parte dos sócios e a transformou numa indústria de exportação de redes para Europa.
Como industrial, teve ótimo relacionamento com os empregados, assegurando-lhes todos os direitos trabalhistas, tanto assim que jamais teve sua conduta denunciada aos órgãos do Ministério do Trabalho.
Além de seu sucesso como empresário, Benjamim Oliveira prestou relevantes serviços à sociedade Quixadaense. Sócio fundador do Rotary Club de Quixadá, considerado “Sócio Cem Por Cento”, denominação concedida ao rotariano que jamais tenha faltado a uma reunião do clube.
Foi, por três vezes, presidente daquele conceituado clube de serviço. Por duas vezes, foi convidado para ser Governador do Rotary no Distrito 449, mas declinou da honraria, alegando ter o seu tempo comprometido com suas atividades profissionais.
Presidiu o Balneário Cedro Clube, inclusive com parte ativa na construção da sede no centro da cidade, até então funcionando nas proximidades do açude do Cedro.
Presidiu, por vários anos, a Associação Comercial de Quixadá, sendo responsável pela instalação de vários Bancos em nossa cidade, inclusive os bancos oficiais: Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal.
Como reconhecimento à sua participação e ao seu trabalho incansável em prol do desenvolvimento social e econômico de Quixadá, A Câmara Municipal lhe concedeu o título de cidadão quixadaense, em 27 de março de 1979, através da Lei Nº. 947, sancionada pelo Prefeito Renato de Araújo Carneiro, que, ao assinar o ato, justificou: “como reconhecimento aos relevantes serviços prestados à nossa coletividade”.
Na instalação do FUNRURAL em Quixadá, foi indicado pelas autoridades e entidades de classe da cidade para ser o seu representante. Pela maneira proba como desempenhava o cargo e pelo fato de nenhum de seus deferimentos para concessão de benefícios ter deixado de ser homologada pela chefia do FUNRURAL recebeu elogios, inclusive a classificação do mais eficiente representante daquele órgão no Estado do Ceará.
Com a mudança da administração do FUNRURAL, quando o órgão entrou no inventário político, ficando a nomeação e exoneração dos representantes a cargo de determinado Deputado Federal, Benjamim afastou-se do cargo. Não concordou com a proposta recebida para fazer da representação local instrumento do programa em prol da candidatura do Deputado, a quem coube a chefia do FUNRURAL na divisão de cargos no Ceará.
Atendendo a insistentes pedidos das classes empresarias, aceitou candidatar-se a Vice - Prefeito de Quixadá na chapa do médico Dr. Everardo Silveira.  Apurada a eleição, sendo seu opositor vencedor, demonstrando verdadeiro espírito democrático, participou da festiva comemoração do candidato eleito.
Antônio Benjamim Oliveira vítima Acidente Vascular Cerebral, depois de vários anos em inatividade, faleceu em Fortaleza em 24 de outubro de 2007. Foi sepultado no cemitério Público de Quixadá terra que o acolheu como filho e os quixadaense sentiram-se honrados de tê-lo como conterrâneo. 



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